EUA instam países a dissuadirem Irão de ataques contra Israel

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel, divulgou hoje o Departamento de Estado norte-americano.

Notícia

© -/AFP via Getty Images

Lusa
12/04/2024 07:19 ‧ 12/04/2024 por Lusa

Mundo

Ataques

"Ninguém tem interesse numa escalada" na região e "todos os países devem exortar o Irão a não empreender uma escalada", realçou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.

Além de conversar com os chefes da diplomacia chinês, turco e saudita, Blinken também falou ao telefone com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, "para reiterar o forte apoio [dos EUA] a Israel perante as ameaças [do Irão]", sublinhou Miller.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, indicou, por sua vez, que Washington alertou o Irão sobre potenciais ataques contra Israel.

O Presidente dos EUA Joe Biden garantiu na quarta-feira que o seu apoio a Israel era inabalável face às ameaças de retaliação do Irão.

As tensões no Médio Oriente escalaram devido ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, que foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.

Israel advertiu esta terça-feira que responderá a qualquer retaliação do Irão, onde quer que seja, após o ataque contra o consulado iraniano em Damasco, do qual os israelitas de dissociaram.

O ataque destruiu o consulado iraniano em Damasco e causou 16 mortos, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, segundo uma ONG.

Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi, e mais cinco oficiais da Guarda Revolucionária iraniana.

Desde então, as autoridades iranianas advertiram que reservavam o direito de responder e o líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, disse que Israel se iria arrepender.

O ataque em Damasco foi o pior golpe para o Irão desde 2020, quando um bombardeamento norte-americano no Iraque matou o general Qasem Soleimani, que comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária.

Leia Também: EUA restringem movimentos aos diplomatas em Israel por segurança

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas