"Espero decisões corajosas na reunião conjunta dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE", no Luxemburgo, afirmou, na quinta-feira, Joseph Borrell na rede social X (antigo Twitter).
Os 27 países devem "acelerar e alargar o apoio militar à Ucrânia" e fornecer ao país "sistemas de defesa aérea para intercetar os mísseis russos, proteger as cidades e as infraestruturas críticas", afirmou Borrell na X.
O responsável referiu ainda que Kiev necessita de "baterias de mísseis terra-ar" e "os donativos farão a diferença entre a vida e a morte".
Borell lembrou que, na quarta-feira, a Rússia realizou mais um ataque contra a população e as infraestruturas críticas da Ucrânia.
"As palavras, por si só, não vão parar [o Presidente russo Vladimir] Putin (...) Temos de dar mais apoio militar", afirmou.
O representante lembrou ainda ter proposto ao Governo ucraniano a organização conjunta do Fórum da Indústria de Defesa da Ucrânia em maio.
"Estamos a fazer muito", sublinhou Borrell, mencionando que a UE já concedeu 31 mil milhões de euros em assistência militar à Ucrânia e está a apoiar a indústria de defesa europeia "para aumentar a produção de mísseis e munições".
"Vamos fazer mais", garantiu o político espanhol, notando que os membros da UE vão "apoiar a Ucrânia em tudo o que for necessário".
Desde o final de 2023, a Rússia tem realizado uma campanha de bombardeamentos contra a cidade de Kharkov. Estes intensificaram-se nas últimas semanas, levando as autoridades ucranianas e a sociedade civil a mobilizarem-se para que a segunda cidade do país não tenha o destino de outras cidades devastadas por Moscovo.
Numa série de ataques à cidade universitária, que perdeu grande parte da população e energia durante a guerra, as forças russas estão a atacar centrais elétricas, zonas industriais e bairros residenciais, ameaçando a viabilidade económica e a vida civil na cidade e na região.
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