O ataque será objeto ainda hoje de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança e de uma convocação do G7.
Seguem-se as principais reações, desconhecendo-se para já:
Biden condena ataque "vergonhoso" e reitera apoio "inabalável" a Israel
"O nosso compromisso com a segurança de Israel face às ameaças do Irão e dos seus representantes [na região] é inabalável", escreveu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nas redes sociais, após uma reunião de emergência com a equipa de segurança nacional na Casa Branca.
Biden "condenou os ataques nos termos mais fortes", considerando-os "vergonhosos" e reafirmando o seu apoio "inabalável" a Israel.
As forças armadas norte-americanas ajudaram a abater "quase todos" os projéteis iranianos, disse Biden em comunicado.
Guterres condena "a grave escalada"
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente no sábado "a grave escalada" representada pelo ataque do Irão a Israel e apelou a "uma cessação imediata destas hostilidades".
Guterres disse estar "profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região", e exortou "todas as partes a exercerem a máxima contenção, a fim de evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em várias frentes no Médio Oriente".
UE "condena veementemente" um ataque "inaceitável"
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou "fortemente" o ataque "inaceitável" lançado na noite de sábado pelo Irão contra Israel. "Constitui uma escalada sem precedentes e uma séria ameaça à segurança regional", acrescentou o responsável no X.
Pequim manifesta a sua "profunda preocupação", apela à "calma"
"A China expressa profunda preocupação com o atual agravamento [da situação] e apela às partes envolvidas para que exerçam calma e contenção, a fim de evitar uma nova escalada" das tensões, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Riade apela a todas as partes à "contenção"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita apelou "a todas as partes para que exerçam a máxima contenção e poupem a região e o seu povo dos perigos da guerra", segundo um comunicado.
Ao expressar "profunda preocupação" com a "escalada militar" na região, Riade apelou ao Conselho de Segurança da ONU para "assumir as suas responsabilidades na manutenção da paz e segurança internacionais".
Cairo alerta para um "risco de expansão" do conflito
O Egito apelou, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, "à máxima contenção" e afirmou "estar em contacto direto com todas as partes no conflito para tentar conter a situação".
Por outro lado, alertou para o "risco de expansão regional do conflito".
Amã pede "fim da agressão israelita" em Gaza
A Jordânia pediu hoje o fim da "agressão israelita em Gaza para evitar o alargamento do conflito no Médio Oriente após o ataque iraniano com mísseis e 'drones' a Israel.
Amã alertou que, caso contrário, a segurança da região e do mundo "estarão ameaçadas".
Londres condena ataque "perigoso"
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, condenou "nos termos mais fortes possíveis o perigoso ataque do regime iraniano a Israel", garantindo que o Reino Unido "continuará a defender a segurança de Israel" e anunciou o envio de aviões de combate adicionais no Médio Oriente.
"Juntamente com os nossos aliados, estamos a trabalhar urgentemente para estabilizar a situação e evitar uma escalada. Ninguém quer ver mais derramamento de sangue", disse Sunak num comunicado, estimando que "estes ataques correm o risco de inflamar as tensões e desestabilizar a região.
Paris condena um ataque que "ultrapassa um novo nível"
O Presidente francês, Emmanuel Macron, "condenou com a maior firmeza o ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel" e apelou à contenção das partes, numa mensagem publicada no domingo no X.
"Condeno com a maior firmeza o ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel, que ameaça desestabilizar a região. Expresso a minha solidariedade ao povo israelita e ao apoio da França à segurança de Israel", aos nossos parceiros e à estabilidade regional. A França está a trabalhar com os seus parceiros uma diminuição das tensões e apela à contenção", escreveu.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, mas no sábado, condenou o ataque, salientando que o conflito "atravessa um novo nível nas suas ações desestabilizadoras
"Ao decidir sobre uma ação tão sem precedentes, o Irão está a atingir um novo nível nas suas ações desestabilizadoras e a assumir o risco de uma escalada militar", escreveu Séjourné.
Berlim alerta para risco de "caos"
A Alemanha alertou hoje que o ataque do Irão a Israel poderá "mergulhar toda a região no caos".
"Condenamos nos termos mais fortes possíveis o ataque, que pode mergulhar toda a região no caos", disse a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, na rede social X, instando "o Irão e seus representantes a cessarem imediatamente" as operações militares. Baerbock acrescentou que Berlim está "firmemente ao lado de Israel".
Roma expressa "preocupação"
A chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, cujo país preside o G7 convocado com urgência para hoje, "condenou" o ataque iraniano contra Israel, manifestando "forte preocupação com uma maior desestabilização da região".
"Continuamos a trabalhar para evitá-lo", afirmou numa mensagem publicada domingo no X, lembrando que a Itália "organiza hoje, ao início da tarde, uma cimeira virtual de líderes" do G7.
Madrid apela à moderação para "evitar escalada"
O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, apelou hoje a que se "evite, a todo custo, uma escalada regional".
"Acompanhamos com a maior preocupação a evolução da situação no Médio Oriente", acrescentou no X.
Lisboa condena ataque iraniano e pede que se evite escalada
O primeiro-ministro português condenou hoje o ataque em curso do Irão a Israel, apelando à contenção nas hostilidades para "evitar uma escalada de violência".
Numa mensagem divulgada no seu perfil na rede social X, Luís Montenegro afirmou que "o Governo português condena veementemente o ataque do Irão a Israel".
O executivo liderado pelo social-democrata "apela à contenção, em ordem a evitar uma escalada de violência".
Viena condena ataque iraniano a Israel
O Governo da Áustria condenou hoje o ataque do Irão a Israel e, além de mostrar solidariedade para com Telavive, manifestou preocupação com o risco de escalada do conflito no Médio Oriente.
O chefe do Governo da Áustria, o conservador Karl Nehammer, condenou na rede social X o ataque iraniano contra Israel "da forma mais forte possível" e pediu a Teerão que ponha fim a qualquer ação hostil.
"A Áustria apoia Israel e pedimos ao Irão que ponha imediatamente fim a qualquer hostilidade", disse Nehammer na rede social X.
Budapeste preocupada com "novo nível de escalada"
O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, condenou o ataque iraniano a Israel e disse que "está a rezar pela segurança do povo israelita".
O chefe da diplomacia húngara, Péter Szijjártó, além de condenar o ataque, observou que a ação representa o "risco de escalada do conflito no Médio Oriente, o que representa uma grave ameaça à segurança global".
Islamabade "profundamente preocupada"
O Paquistão manifestou hoje "profunda preocupação" com a escalada da tensão no Médio Oriente na sequência dos ataques do Irão a Israel, em retaliação ao atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco atribuído a Telavive.
"Os acontecimentos demonstram as consequências do colapso da diplomacia. Também destacam as graves implicações nos casos em que o Conselho de Segurança da ONU é incapaz de cumprir as suas responsabilidades de manutenção da paz e segurança internacionais", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês num comunicado.
Otava vê "um desprezo do regime iraniano pela paz"
"O Canadá condena inequivocamente" os ataques aéreos, disse o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, num comunicado, em que declara "solidariedade para com Israel".
O Irão, prosseguiu, "demonstrou, mais uma vez, o desprezo do regime iraniano pela paz e estabilidade na região".
Caracas denuncia "a irracionalidade do regime israelita
"Devido ao genocídio na Palestina e à irracionalidade do regime israelita, bem como à inação do sistema das Nações Unidas, a situação de instabilidade na região piorou consideravelmente nas últimas semanas", referiu hoje o Governo da Venezuela.
Segundo Caracas, "a paz só será garantida quando a justiça e o direito internacional forem restaurados, especialmente no que diz respeito ao povo palestiniano e ao Estado da Palestina".
Buenos Aires em solidariedade com Israel
O Presidente argentino, Javier Milei, num comunicado, expressou "solidariedade e compromisso inabaláveis com o Estado de Israel face aos ataques lançados pela República Islâmica do Irão".
México "profundamente preocupado"
O Governo mexicano disse na rede social X estar "profundamente preocupado" com o ataque e com "o custo que a ação poderá ter em termos de milhares de vidas humanas".
Santiago preocupado com "grave escalada"
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Chile, Alberto van Klaveren, expressou na rede social X "preocupação com a grave escalada das tensões no Oriente Médio e os ataques iranianos contra Israel".
Rússia pede contenção a "todas as partes envolvidas"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia apelou à contenção de "todas as partes envolvidas", após os ataques iranianos de sábado à noite e madrugada de hoje contra Israel.
[Notícia atualizada às 11h32]
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