"Caos", "risco". As reações internacionais ao ataque do Irão a Israel

O ataque sem precedentes levado a cabo pelo Irão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.

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© REUTERS

Lusa
14/04/2024 10:30 ‧ 14/04/2024 por Lusa

Mundo

Irão/Israel

O ataque será objeto ainda hoje de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança e de uma convocação do G7.

Seguem-se as principais reações, desconhecendo-se para já:

Biden condena ataque "vergonhoso" e reitera apoio "inabalável" a Israel

"O nosso compromisso com a segurança de Israel face às ameaças do Irão e dos seus representantes [na região] é inabalável", escreveu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nas redes sociais, após uma reunião de emergência com a equipa de segurança nacional na Casa Branca.

Biden "condenou os ataques nos termos mais fortes", considerando-os "vergonhosos" e reafirmando o seu apoio "inabalável" a Israel. 

As forças armadas norte-americanas ajudaram a abater "quase todos" os projéteis iranianos, disse Biden em comunicado.

Guterres condena "a grave escalada"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente no sábado "a grave escalada" representada pelo ataque do Irão a Israel e apelou a "uma cessação imediata destas hostilidades".

Guterres disse estar "profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região", e exortou "todas as partes a exercerem a máxima contenção, a fim de evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em várias frentes no Médio Oriente". 

UE "condena veementemente" um ataque "inaceitável"

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou "fortemente" o ataque "inaceitável" lançado na noite de sábado pelo Irão contra Israel. "Constitui uma escalada sem precedentes e uma séria ameaça à segurança regional", acrescentou o responsável no X.

Pequim manifesta a sua "profunda preocupação", apela à "calma"

"A China expressa profunda preocupação com o atual agravamento [da situação] e apela às partes envolvidas para que exerçam calma e contenção, a fim de evitar uma nova escalada" das tensões, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Riade apela a todas as partes à "contenção"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita apelou "a todas as partes para que exerçam a máxima contenção e poupem a região e o seu povo dos perigos da guerra", segundo um comunicado.

Ao expressar "profunda preocupação" com a "escalada militar" na região, Riade apelou ao Conselho de Segurança da ONU para "assumir as suas responsabilidades na manutenção da paz e segurança internacionais".

Cairo alerta para um "risco de expansão" do conflito

O Egito apelou, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, "à máxima contenção" e afirmou "estar em contacto direto com todas as partes no conflito para tentar conter a situação".

Por outro lado, alertou para o "risco de expansão regional do conflito".

Amã pede "fim da agressão israelita" em Gaza

A Jordânia pediu hoje o fim da "agressão israelita em Gaza para evitar o alargamento do conflito no Médio Oriente após o ataque iraniano com mísseis e 'drones' a Israel.

Amã alertou que, caso contrário, a segurança da região e do mundo "estarão ameaçadas".

Londres condena ataque "perigoso" 

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, condenou "nos termos mais fortes possíveis o perigoso ataque do regime iraniano a Israel", garantindo que o Reino Unido "continuará a defender a segurança de Israel" e anunciou o envio de aviões de combate adicionais no Médio Oriente.

"Juntamente com os nossos aliados, estamos a trabalhar urgentemente para estabilizar a situação e evitar uma escalada. Ninguém quer ver mais derramamento de sangue", disse Sunak num comunicado, estimando que "estes ataques correm o risco de inflamar as tensões e desestabilizar a região.

Paris condena um ataque que "ultrapassa um novo nível"

O Presidente francês, Emmanuel Macron, "condenou com a maior firmeza o ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel" e apelou à contenção das partes, numa mensagem publicada no domingo no X.

"Condeno com a maior firmeza o ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel, que ameaça desestabilizar a região. Expresso a minha solidariedade ao povo israelita e ao apoio da França à segurança de Israel", aos nossos parceiros e à estabilidade regional. A França está a trabalhar com os seus parceiros uma diminuição das tensões e apela à contenção", escreveu.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, mas no sábado, condenou o ataque, salientando que o conflito  "atravessa um novo nível nas suas ações desestabilizadoras

"Ao decidir sobre uma ação tão sem precedentes, o Irão está a atingir um novo nível nas suas ações desestabilizadoras e a assumir o risco de uma escalada militar", escreveu Séjourné.

Berlim alerta para risco de "caos"

A Alemanha alertou hoje que o ataque do Irão a Israel poderá "mergulhar toda a região no caos". 

"Condenamos nos termos mais fortes possíveis o ataque, que pode mergulhar toda a região no caos", disse a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, na rede social X, instando "o Irão e seus representantes a cessarem imediatamente" as operações militares. Baerbock acrescentou que Berlim está "firmemente ao lado de Israel".

Roma expressa "preocupação"

A chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, cujo país preside o G7 convocado com urgência para hoje, "condenou" o ataque iraniano contra Israel, manifestando "forte preocupação com uma maior desestabilização da região".

"Continuamos a trabalhar para evitá-lo", afirmou numa mensagem publicada domingo no X, lembrando que a Itália "organiza hoje, ao início da tarde, uma cimeira virtual de líderes" do G7.

Madrid apela à moderação para "evitar escalada"

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, apelou hoje a que se "evite, a todo custo, uma escalada regional". 

"Acompanhamos com a maior preocupação a evolução da situação no Médio Oriente", acrescentou no X.

Lisboa condena ataque iraniano e pede que se evite escalada

O primeiro-ministro português condenou hoje o ataque em curso do Irão a Israel, apelando à contenção nas hostilidades para "evitar uma escalada de violência".

Numa mensagem divulgada no seu perfil na rede social X, Luís Montenegro afirmou que "o Governo português condena veementemente o ataque do Irão a Israel".

O executivo liderado pelo social-democrata "apela à contenção, em ordem a evitar uma escalada de violência".

Viena condena ataque iraniano a Israel

O Governo da Áustria condenou hoje o ataque do Irão a Israel e, além de mostrar solidariedade para com Telavive, manifestou preocupação com o risco de escalada do conflito no Médio Oriente.

O chefe do Governo da Áustria, o conservador Karl Nehammer, condenou na rede social X o ataque iraniano contra Israel "da forma mais forte possível" e pediu a Teerão que ponha fim a qualquer ação hostil.

"A Áustria apoia Israel e pedimos ao Irão que ponha imediatamente fim a qualquer hostilidade", disse Nehammer na rede social X.

Budapeste preocupada com "novo nível de escalada" 

O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, condenou o ataque iraniano a Israel e disse que "está a rezar pela segurança do povo israelita".

O chefe da diplomacia húngara, Péter Szijjártó, além de condenar o ataque, observou que a ação representa o "risco de escalada do conflito no Médio Oriente, o que representa uma grave ameaça à segurança global".

Islamabade "profundamente preocupada"

O Paquistão manifestou hoje "profunda preocupação" com a escalada da tensão no Médio Oriente na sequência dos ataques do Irão a Israel, em retaliação ao atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco atribuído a Telavive.

"Os acontecimentos demonstram as consequências do colapso da diplomacia. Também destacam as graves implicações nos casos em que o Conselho de Segurança da ONU é incapaz de cumprir as suas responsabilidades de manutenção da paz e segurança internacionais", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês num comunicado.

Otava vê "um desprezo do regime iraniano pela paz"

"O Canadá condena inequivocamente" os ataques aéreos, disse o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, num comunicado, em que declara "solidariedade para com Israel".

O Irão, prosseguiu, "demonstrou, mais uma vez, o desprezo do regime iraniano pela paz e estabilidade na região".

Caracas denuncia "a irracionalidade do regime israelita

"Devido ao genocídio na Palestina e à irracionalidade do regime israelita, bem como à inação do sistema das Nações Unidas, a situação de instabilidade na região piorou consideravelmente nas últimas semanas", referiu hoje o Governo da Venezuela.

Segundo Caracas, "a paz só será garantida quando a justiça e o direito internacional forem restaurados, especialmente no que diz respeito ao povo palestiniano e ao Estado da Palestina".

Buenos Aires em solidariedade com Israel

O Presidente argentino, Javier Milei, num comunicado, expressou "solidariedade e compromisso inabaláveis com o Estado de Israel face aos ataques lançados pela República Islâmica do Irão".

México "profundamente preocupado" 

O Governo mexicano disse na rede social X estar "profundamente preocupado" com o ataque e com "o custo que a ação poderá ter em termos de milhares de vidas humanas".

Santiago preocupado com "grave escalada"

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Chile, Alberto van Klaveren, expressou na rede social X "preocupação com a grave escalada das tensões no Oriente Médio e os ataques iranianos contra Israel".

Rússia pede contenção a "todas as partes envolvidas"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia apelou à contenção de "todas as partes envolvidas", após os ataques iranianos de sábado à noite e madrugada de hoje contra Israel.

[Notícia atualizada às 11h32]

Leia Também: Ataque "alcançou todos os seus objetivos", dizem forças armadas iranianas

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