Desde o primeiro dia da campanha oficial, a capital N'Djamena esteve quase inteiramente enfeitada com as cores da sua coligação de partidos e com retratos gigantescos deste general de 40 anos, constatou a agência France-Presse.
Poucos cartazes exibiam os rostos de alguns dos outros nove candidatos, com exceção, no seu bairro, de Succès Masra, um antigo opositor que se juntou à junta em janeiro e foi nomeado primeiro-ministro por Déby.
A oposição, severamente reprimida durante três anos, acusa Masra de traição e de tentar roubar os seus votos com a ideia de garantir a maioria ao general e manter a sua posição como chefe de Governo.
Alguns dos outros oito candidatos, que a oposição acusa de serem fantoches aceites ou promovidos pela junta para dar "um verniz democrático" a uma "eleição prevista", também fizeram campanha em N'Djamena, mas perante assembleias muito mais pequenas.
"Sou um soldado e um homem no terreno", "depois de três anos à frente do país, tenho experiência... O que é que os outros têm", questionou o candidato, diante de milhares de apoiantes reunidos na grande Praça da Nação, junto ao palácio presidencial.
Idriss Déby foi proclamado presidente de transição pelo exército em 20 de abril de 2021, à frente de uma junta de 15 generais, após a morte do seu pai, Idriss Déby Itno, que governou o Chade com mão de ferro durante 30 anos.
Após uma transição de 18 meses prolongada por dois anos, a sua vitória nas eleições presidenciais é quase certa, devido à repressão dos opositores.
O seu principal adversário, Yaya Dillo, foi morto no final de fevereiro, depois de as candidaturas de outros 10 potenciais rivais terem sido invalidadas.
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