"Não queremos uma escalada, mas continuaremos a defender Israel e a proteger as nossas forças na região", assegurou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no início de uma reunião, em Washington, com o vice-primeiro-ministro iraquiano, Muhammad Ali Tamim.
"Penso que este fim de semana demonstrou que Israel não tem de se defender sozinho quando é vítima de uma agressão, de um ataque", acrescentou o chefe da diplomacia dos EUA, condenando o ataque iraniano, que classificou como um "golpe de magnitude sem precedentes" contra Israel.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Blinken anunciou uma intensa operação diplomática nas últimas 36 horas, "com o objetivo de coordenar uma resposta para tentar evitar a escalada" na região.
O secretário de Estado norte-americano reuniu-se com os seus homólogos do Egito, da Jordânia, da Turquia, da Arábia Saudita, do Reino Unido e da Alemanha, de acordo com o Departamento de Estado.
No final do encontro em Washington, o ministro iraquiano disse que "temia que toda a região pudesse ser arrastada para um conflito mais amplo que ameaça a segurança internacional".
"Portanto, apelamos a todas as partes para que exerçam contenção", argumentou o chefe da diplomacia iraniana.
O primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Chia al-Soudani, será hoje recebido pelo presidente Joe Biden na Casa Branca.
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