O Cazaquistão e a Rússia estão a passar pelas piores inundações dos últimos tempos, que já provocaram dezenas de milhares de deslocados, nos dois países. Várias regiões decretaram estado de emergência.
O presidente do Cazaquistão classificou as inundações no norte do país, na terça-feira, como uma catástrofe nacional e ordenou ao seu governo libertasse fundos para os esforços de socorro, cortando nas despesas noutras áreas.
Na Rússia, também afetada pelas piores inundações de que há memória, um importante aliado do presidente Vladimir Putin afirmou que as autoridades regionais tinham falhado na previsão e na resposta de emergência.
Segundo as autoridades, o nível das águas dos rios nas regiões russas dos Urais e do sudoeste da Sibéria, bem como nas zonas adjacentes do Cazaquistão, continua a subir rapidamente.
A catástrofe foi causada pelo rápido degelo provocado por grandes nevões, juntamente com chuvas intensas, que fizeram transbordar os afluentes de vários dos maiores rios da Europa.
O número total de pessoas retiradas das suas casas, que era de 125.000 no final de segunda-feira, subiu para 200.000 na terça-feira, quando o governador da região russa de Tyumen disse aos residentes de Ishim, uma cidade de 65.000 habitantes, que deveriam partir com urgência. "Está a aumentar a probabilidade de as barragens rebentarem ou de a água transbordar", afirmou o governador Alexander Moor.
"Todos sabem do perigo. Reúnam os vossos objetos de valor. Dirijam-se imediatamente para locais seguros, para junto de familiares ou para pontos de evacuação onde vos forneceremos todos os bens essenciais", acrescentou.
O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, revelou que o governador local de Petropavlovsk lhe disse que 10.345 pessoas tinham sido retiradas, uma vez que partes da cidade permaneciam debaixo de água.
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