"Sim, é de facto esse o caso", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, aos jornalistas, confirmando as informações dos meios de comunicação social do Azerbaijão de que a retirada já tinha começado.
No outono de 2020, uma guerra de seis semanas opôs o Azerbaijão aos separatistas apoiados pela Arménia pelo controlo do Nagorno-Karabakh, resultando em 6.500 mortes.
A guerra terminou com uma pesada derrota para as forças arménias, que foram obrigadas a ceder grandes extensões de território.
A Rússia enviou então uma força de manutenção da paz de dois mil soldados para fazer cumprir os termos do cessar-fogo e a retirada das tropas separatistas.
Em setembro de 2023, o Azerbaijão levou a cabo uma nova ofensiva apoderando-se da totalidade do Nagorno-Karabakh, sem a intervenção das forças russas, pondo fim a três décadas de conflito pelo controlo do enclave.
A Arménia denunciou com veemência a inação do aliado russo, há muito considerado o árbitro tradicional no Cáucaso, e aproximou-se do Ocidente.
Desde essa altura, os Estados Unidos, a União Europeia e a Rússia têm tentado mediar a assinatura de um tratado de paz que resolva os diferendos territoriais entre Baku e Erevan, mas as conversações não têm alcançado progressos concretos.
Baku reivindica oito aldeias na posse da Arménia e exige a criação de um corredor terrestre através da região arménia de Siounik (sul) para ligar o Azerbaijão ao enclave de Nakhichevan e depois à Turquia.
Erevan pede o enclave de Artsvashen (Bashkend em azeri), controlado por Baku desde os anos 1990, bem como as zonas conquistadas pelo Azerbaijão nos últimos três anos e situadas dentro das fronteiras da Arménia.
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