Segundo o Ministério do Interior da Sérvia, citado pelo portal kosovar de língua sérvia Kosovo-online, os quatro elementos da polícia kosovar estavam vestidos à civil e viajavam a título pessoal, tendo sido detidos durante controlos de segurança em postos fronteiriços.
Três dos policiais foram entretanto libertados.
Entre os detidos estava um subchefe da polícia do Kosovo, de acordo com a mesma fonte, que não revelou a identidade do oficial, nem esclareceu os motivos da detenção e da permanência sob custódia.
Já o Ministério da Administração do Kosovo identificou o oficial como Dejan Jankovic, um sérvio do Kosovo que é subchefe da policia kosovar.
A Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, acusou Belgrado de manter os polícias kosovares como "reféns".
Pristina denunciou na quarta-feira que mais de 300 cidadãos kosovares ficaram bloqueados durante horas em vários postos fronteiriços da Sérvia, tendo a chefe de Estado acusado as autoridades sérvias de se "vingarem" da recomendação da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa para que o Kosovo seja admitido como membro daquela instituição, o que Belgrado rejeita.
Belgrado afirmou que as acusações são "infundadas", alegando que apenas tinha reforçado os controlos fronteiriços por razões de segurança e que os cidadãos com documentos kosovares podiam circular normalmente, acusando ainda Pristina de "espalhar o pânico e informações falsas".
A Sérvia tem referido frequentemente que a população sérvia, uma minoria no Kosovo, é cada vez mais discriminada e que se registam há vários meses detenções arbitrárias de membros dessa comunidade.
O Kosovo, uma antiga província sérvia com uma grande maioria de albaneses, proclamou a independência em 2008, que a Sérvia não reconhece.
Os dois países estão a negociar a normalização das relações num diálogo difícil sob o patrocínio da União Europeia (UE) e com o apoio dos Estados Unidos.
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