Erdogan observou durante uma conferência de imprensa, citado pelo jornal Daily Sabah, que "o mundo inteiro apoiou a Palestina", mas "infelizmente, os Estados Unidos tomaram posição de Israel".
Os Estados Unidos vetaram na quinta-feira, no Conselho de Segurança, a resolução que abria a porta à entrada da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas, da qual é atualmente apenas um Estado observador.
Um total de 12 países votaram a favor -- incluindo a Rússia e a China -- enquanto o Reino Unido, outro membro permanente, se absteve, tal como a Suíça.
Washington alega que a ONU não é o lugar para o reconhecimento de um Estado palestiniano, defendendo que isso deve decorrer de um acordo entre Israel e os palestinianos.
Também enfatizam que a legislação norte-americana exigiria que cortassem o seu financiamento à ONU no caso de adesão palestiniana fora de tal acordo bilateral.
O último veto à adesão de um Estado à ONU data de 1976, quando os norte-americanos bloquearam a entrada no Vietname.
Erdogan também criticou o alegado ataque de Israel ao Irão, na madrugada de hoje, como retaliação por Terrão ter enviado 'drones' e mísseis para Telavive no fim de semana passado.
"Israel diz uma coisa e o Irão outra, não ouvimos um único comentário razoável de nenhuma das partes", disse.
Anteriormente, as autoridades turcas tinham alertado para o perigo de um "conflito permanente" na região do Médio Oriente, garantido que Ancara está a acompanhar de perto a situação.
"A prioridade da comunidade internacional deve ser acabar com o massacre na Faixa de Gaza e alcançar uma paz duradoura na nossa região através da criação de um Estado palestiniano", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado hoje divulgado.
A ofensiva israelita contra Gaza, que começou como resposta a um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano ao território israelita em 07 de outubro passado, já fez cerca de 34 mil mortos, além de ter causado a destruição da maioria das infraestruturas civis, provocando uma das maiores crises humanitárias do mundo.
Leia Também: Presidente turco recebe líder do Hamas no fim de semana