No barco estavam 77 migrantes, "todos da Etiópia, incluindo um bebé", disse a porta-voz regional da OIM em Nairobi, Yvonne Ndege, citada pela agência de notícias espanhola EFE.
Os 33 sobreviventes estão a ser cuidados pela OIM, enquanto as autoridades locais e a agência da ONU realizam esforços de busca e salvamento após o acidente, registado cerca das 00:00 locais (21:00 de segunda-feira em Lisboa).
"O barco partiu por volta das 19:30 (16:30 em Lisboa) da costa do Iémen com destino ao Djibuti, mas antes de chegar virou-se", causando a morte de pelo menos 16 pessoas e o desaparecimento de outras 28, adiantou o porta-voz.
Há cerca de duas semanas, pelo menos outras 38 pessoas morreram enquanto faziam a mesma viagem.
A deslocação, conhecida como rota oriental do Corno de África, entre o Iémen e os Estados do Golfo Pérsico, registou quase 400 mil movimentos em 2023 e está entre as "mais perigosas" do mundo, segundo a OIM.
Pelo menos 698 pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram no ano passado nesta rota, que atravessa o Golfo de Áden, do Djibuti ao Iémen, com o objetivo de chegar à Arábia Saudita, segundo o Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM.
Os migrantes, na sua maioria etíopes, abandonam as suas casas em busca de melhores oportunidades de emprego e, em alguns casos, para escapar aos conflitos, à insegurança e aos efeitos adversos das alterações climáticas.
Nas suas viagens, muitos enfrentam riscos que ameaçam a vida, como fome, doenças e exploração de traficantes de seres humanos.
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