A propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala na sexta-feira, a AI apela em comunicado para que "a liberdade para informar vença sempre os ataques a que está sujeita", frisando "o papel crucial" dos jornalistas, mas também "os perigos que ainda enfrentam a nível global".
Em várias partes do mundo, refere a organização, a atividade jornalística "é ameaçada, perseguida, repreendida e criminalizada", e "recolher, trabalhar e divulgar informação - para que seja possível dar a conhecer a sua realidade - é um verdadeiro ato de coragem".
No comunicado, a AI lembra os profissionais que foram vítimas em mais de seis meses da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, citando números do Comité para a Proteção dos Jornalistas, que dão conta de 97 mortos desde 07 de outubro.
Deste total, 92 eram palestinianos, dois israelitas e três libaneses, segundo o Comité, que nota que, "nos últimos 30 anos, nenhuma outra guerra tirou a vida a tantos jornalistas em tão curto espaço de tempo".
Àquele número, somam-se pelo menos 45 jornalistas palestinianos detidos sob custódia de Israel, dos quais 23 se encontram em detenção administrativa e outros estão desaparecidos, de acordo com a Addameer, uma associação de apoio aos prisioneiros com sede em Ramallah.
"A Amnistia Internacional realça que o jornalismo é uma profissão a proteger a todo o custo, para que o direito de informar, de se informar e de ser informado possa estar garantido, sem impedimentos nem discriminações", declara o comunicado, que assinala que os jornalistas têm um trabalho essencial "para documentar a realidade no terreno e combater a desinformação".
Nesse sentido, a organização sublinha que "a sua atividade profissional não pode ser criminalizada, nem acarretar riscos para a sua segurança e vida".
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