A nova nomeação foi decidida após uma reunião entre o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o Chefe do Estado-Maior General, Herzl Halevi, na qual também acordaram outras mudanças de posições dentro das tropas israelitas.
"Todos os promovidos destacaram-se no combate e no quartel-general", explicaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês, num comunicado onde destacaram que todas as mudanças contaram com a aprovação final de Gallant.
O ministro da Segurança Nacional, Itama Ben Gvir, de extrema-direita, criticou o ministro da Defesa israelita minutos depois de ouvir a notícia, considerando que Gallant "não tem mandato" para aprovar estas nomeações porque o considera um "dos maiores responsáveis pela fracasso de 07 de outubro".
"Isto não tem nada a ver com os funcionários nomeados, alguns dos quais podem ser muito dignos, mas com a decisão do próprio Gallant de continuar como se o maior fracasso da história do país não tivesse ocorrido sob a sua responsabilidade como ministro", sublinhou, numa mensagem na rede social X.
A demissão de Haliva foi a primeira demissão de um alto funcionário depois de assumir os fracassos em torno dos ataques do grupo palestiniano, pelo que o Exército iniciou uma investigação interna no final de fevereiro, cujas conclusões deverão ser apresentadas a Halevi no início de junho.
Em 07 de outubro, um ataque sem precedentes do Hamas em Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza.
A operação israelita provocou cerca de 34.600 mortos e a destruição de muitas infraestruturas em Gaza, de acordo com dados atualizados hoje pelo governo do Hamas.
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