EUA retêm carregamento de armas para Israel

O governo dos EUA confirmou na quarta-feira que reteve o envio de um carregamento de armas para Israel, uma das medidas do presidente dos EUA, Joe Biden, para influenciar o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

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Lusa
09/05/2024 06:35 ‧ 09/05/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Neste momento, estamos a rever alguns envios de assistência de segurança a curto prazo, no contexto dos acontecimentos que se desenrolam em Rafah", afirmou o chefe do Pentágono, o general Lloyd Austin, durante uma comparência perante um subcomité do Senado.

"Preferimos que não ocorram combates importantes em Rafah, mas o nosso foco principal é garantir a proteção de civis", acrescentou, reiterando a posição que os EUA defendem desde há semanas.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, foi mais além e anunciou que os EUA estão a estudar reter mais envios de armas para Israel.

Esta era uma decisão exigida desde há semanas a Biden pelos setores progressistas do Partido Democrata, que se opõem à guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Há justamente um mês, que cerca de 40 congressistas, a que se juntou a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pediram a Biden que tomasse esta medida de força perante Netanyahu.

Fizeram-no na altura em que um ataque israelita matou sete trabalhares humanitários da organização não governamental World Central Kitchen, o 'chef' espanhol José Andrés.

O chefe do Pentágono não deu detalhes sobre o conteúdo do carregamento retido, se bem que tenha avançado que se tratava de "munições de alto calibre".

Segundo a CNN, está em causa um pacote com 3.500 bombas, das quais 1.800 com 907 quilos e 1.700 bombas com 226 quilos.

Os EUA estariam sobretudo preocupados com o uso que Israel faça das bimbas mais pesadas em zonas densamente habitadas.

Leia Também: Israel fecha novamente passagem no sul da Faixa de Gaza

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