"Neste momento, estamos a rever alguns envios de assistência de segurança a curto prazo, no contexto dos acontecimentos que se desenrolam em Rafah", afirmou o chefe do Pentágono, o general Lloyd Austin, durante uma comparência perante um subcomité do Senado.
"Preferimos que não ocorram combates importantes em Rafah, mas o nosso foco principal é garantir a proteção de civis", acrescentou, reiterando a posição que os EUA defendem desde há semanas.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, foi mais além e anunciou que os EUA estão a estudar reter mais envios de armas para Israel.
Esta era uma decisão exigida desde há semanas a Biden pelos setores progressistas do Partido Democrata, que se opõem à guerra de Israel na Faixa de Gaza.
Há justamente um mês, que cerca de 40 congressistas, a que se juntou a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pediram a Biden que tomasse esta medida de força perante Netanyahu.
Fizeram-no na altura em que um ataque israelita matou sete trabalhares humanitários da organização não governamental World Central Kitchen, o 'chef' espanhol José Andrés.
O chefe do Pentágono não deu detalhes sobre o conteúdo do carregamento retido, se bem que tenha avançado que se tratava de "munições de alto calibre".
Segundo a CNN, está em causa um pacote com 3.500 bombas, das quais 1.800 com 907 quilos e 1.700 bombas com 226 quilos.
Os EUA estariam sobretudo preocupados com o uso que Israel faça das bimbas mais pesadas em zonas densamente habitadas.
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