A acusação, segundo o executivo de Telavive, deve-se às recentes declarações de Borrell, que criticou as autoridades israelitas por terem rejeitado um acordo com o Hamas e lançado uma ofensiva militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Oren Marmorstein, afirmou na conta na rede social X que "aceitar a manipulação de informação por parte do Hamas encoraja o terrorismo".
Marmorstein avisou também que "Israel fará tudo o que for necessário para proteger os cidadãos" israelitas, o que inclui "continuar as operações até à libertação dos 132 reféns e à destruição do Hamas".
A este respeito, recordou que foi o Hamas que, "no meio das negociações", "escolheu disparar figuetes contra a passagem de Kerem Shalom, o ponto de entrada da ajuda humanitária, e matar quatro soldados".
Estes foguetes, referiu o porta-voz, "foram lançados a partir de Rafah".
"Quem disparou contra uma passagem humanitária e que tentou boicotar o acordo para a libertação dos reféns e a ajuda humanitária é a organização terrorista Hamas", sublinhou Marmorstein.
Borrell referiu-se a esta nova escalada de tensões numa declaração feira terça-feira aos meios de comunicação social em Bruxelas, em que classificou o fracasso de um acordo como uma "má notícia".
"O Hamas aceitou-o, Israel rejeitou-o e recomeçou a ofensiva terrestre contra Rafah, apesar de todos os pedidos da comunidade internacional", afirmou na altura.
Leia Também: Israel. Sunak critica antissemitismo perante protestos em universidades