Centenas entram no Exército na segunda ronda de recrutamento em Myanmar

Centenas de pessoas entraram para o exército de Myanmar no âmbito da segunda ronda de recrutamento forçado lançada pela junta militar, que governa o país desde o golpe de Estado de 2021, para enfrentar a atual ofensiva rebelde.

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Lusa
10/05/2024 12:29 ‧ 10/05/2024 por Lusa

Mundo

Myanmar

Um responsável da equipa de recrutamento da região de Rangum, antiga capital do país, indicou, citado pela agência de notícias Europa Press, que só naquela cidade já se alistaram quase 300 pessoas, que irão agora ser formadas.

"Já estamos a recrutar em Rangum. Para já, temos 294 pessoas", afirmou.

A junta militar criou equipas de recrutamento em todas as sete regiões birmanesas depois de anunciar, há cerca de dois meses, o início de uma mobilização forçada, operação que assumiu mais importância à medida que os militares enfrentam uma aliança de grupos rebeldes que tentam combater as tropas da junta em diversas áreas do país.

As organizações de defesa dos direitos humanos alertaram que muitos civis foram raptados das suas próprias casas no âmbito da primeira ronda de recrutamento.

Muitas famílias tentaram negociar com a junta para que os seus filhos e filhas não fossem incluídos na lista, mas os valores monetários exigidos são quase impossíveis de atingir.

A maioria dos recrutas tem menos de 45 anos de idade, sendo que, no caso das mulheres, só são alistadas as que tenham menos de 35 anos.

Estima-se que a junta militar possa incorporar entre 200 a 300 pessoas por região, o que significaria entre 1.400 a 2.100 recrutas em todo o país nesta segunda ronda.

Na semana passada, a junta militar anunciou a suspensão da emissão de autorizações para os homens trabalharem no estrangeiro, na sequência da fuga do país de milhares de pessoas depois de ter sido comunicada a imposição de serviço militar de pelo menos dois anos.

Myanmar tem estado mergulhado em conflitos desde o golpe de Estado, em 2021, com a junta militar enfraquecida pelas derrotas do exército contra guerrilheiros pró-democracia e de minorias étnicas.

Leia Também: Myanmar proíbe homens de se candidatarem a trabalho no estrangeiro

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