Londres não apoia ofensiva em Rafah sem plano "claro" para proteger civis

Londres não apoia uma ofensiva israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, sem "um plano absolutamente claro" para proteger a população palestiniana, afirmou hoje o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Cameron.

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© Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
12/05/2024 13:27 ‧ 12/05/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Para que haja uma grande ofensiva em Rafah, teria de haver um plano absolutamente claro sobre como salvar vidas, como deslocar as pessoas", disse o ministro britânico na televisão Sky News.

"Não vimos esse plano, e é por isso que não apoiamos" uma ofensiva em Rafah, acrescentou.

David Cameron lembrou que "centenas de milhares de pessoas" refugiaram-se em Rafah depois de fugirem de outras zonas da Faixa de Gaza.

"Sem um plano para proteger a população, (...) seria extremamente perigoso tentar uma grande ofensiva", sublinhou.

No sábado, o exército israelita efetuou novos bombardeamentos na Faixa de Gaza, nomeadamente em Rafah, e ordenou novas evacuações desta cidade, ameaçada por uma grande ofensiva terrestre.

Desafiando os avisos internacionais contra uma ofensiva de grande envergadura, as tropas israelitas têm vindo a efetuar incursões na zona leste da cidade desde terça-feira.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, avisou Israel na quarta-feira que deixaria de fornecer projéteis de artilharia e outras armas se o exército israelita atacasse Rafah.

Relativamente à ajuda humanitária a Gaza, David Cameron afirmou que Israel tem de "fazer melhor".

"Já disse em muitas ocasiões que não estou satisfeito com a atuação de Israel em matéria de ajuda humanitária", afirmou, acrescentando que existem "alguns sinais" de melhoria, "mas não suficientemente rápidos".

Israelitas e palestinianos estão em conflito há décadas, mas esta fase do conflito eclodiu em 07 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza realizaram um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar o Hamas", no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma ofensiva que já provocou mais de 35.000 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical islâmico.

Leia Também: UE considera "inaceitáveis" ordens de evacuação de Israel em Rafah

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