Catalunha. Puigdemont em 2.º lugar e pronto para formar "governo sólido"
O líder do Juntos pela Catalunha (JxCat), Carles Puigdemont, segundo classificado nas eleições catalãs, declarou hoje estar pronto para formar um "governo sólido" e desafiou a Esquerda Republicana da Catalunha, no terceiro lugar, a refletir sobre "os efeitos da desunião".
© Lusa
Mundo Catalunha
Numa declaração em catalão, a partir do sul de França, uma vez que tem pendente sobre si um mandado de captura em Espanha, o ex-presidente autonómico afirmou que se a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) "estiver disposta a reconstruir pontes e entrar nesta reflexão sobre os efeitos da desunião e da falta de estratégia comum" dos independentistas, o seu partido também o estará.
Puigdemont declarou-se em "condições de construir um governo sólido, de obediência puramente catalã" e disse que irá dedicar "as próximas horas e dias" a esta tarefa.
o JxCat (centro-direita) alcançou 35 deputados no 'Parlament' catalão, mais três que em 2021, com 21,64%, quando estavam escrutinados quase 99% dos votos. No entanto, o movimento pró-independência perdeu a maioria absoluta que tinha no parlamento catalão há 14 anos, perante a queda da ERC, atualmente no poder, para terceiro lugar (de 33 para 20 deputados) e da CUP (de nove para quatro).
O líder do JxCAt criticou a possibilidade de um chamado "governo tripartido" das esquerdas - entre os Socialistas, que venceram as eleições catalãs, a ERC, e o Comuns Somar -, que teriam "uma maioria tão justa".
"Continua a ser uma má opção para o governo da Catalunha", considerou.
No início da sua intervenção, Puigdemont felicitou "sem ambiguidades" os socialistas catalães (PSC), que venceram as eleições com 42 lugares.
O candidato da Junts atribuiu a vitória do PSC à "mobilização do eleitorado unionista" e a uma "estratégia de espanholização promovida" pelos socialistas catalães, que coincidiu com um movimento pró-independência que "continua sem mobilização e continua a abster-se".
Defendeu que este é o momento de iniciar "uma reflexão, há muito adiada, sobre os efeitos da desunião e da falta de uma estratégia comum" entre os partidos pró-independência.
Para o candidato, que em 2017 protagonizou uma declaração unilateral de independência da Catalunha, o JxCat obteve "um resultado meritório" nestas eleições, sendo o único partido pró-independência "que cresceu em votos e em número de deputados".
Mesmo assim, lamentou que o resultado do JxCat não tenha sido suficiente nem para ganhar as eleições nem para "compensar a queda de votos sofrida pelos candidatos parlamentares pró-independência".
[Notícia atualizada às 23h29]
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