Belousov, um economista que até ao momento tem ocupado no Governo russo funções com acentuado perfil económico, sublinhou que Moscovo deve trabalhar para melhorar os benefícios dos soldados, também a nível salarial e dos cuidados médicos, incluindo a redução dos processos burocráticos.
"Aumentámos a tabela para os benefícios monetários do pessoal militar que participa no serviço militar, com um vencimento possível de pelo menos 200.000 rublos [cerca de 2.020 euros]", assinalou, antes de sublinhar que "a vida não se reduz a pagamentos em dinheiro".
Nesse sentido, o substituto de Shoigu -- que se manteve 12 anos à frente da Defesa -- indicou que "existe trabalho por fazer" em relação ao "pagamento dos vencimentos dos pessoal militar, ao pagamento do pessoal civil em unidades miliares e aos cuidados médicos", indicou a agência noticiosa Tass.
"Julgo que se trata de um caos absoluto quando os envolvidos numa operação militar especial [numa referência à invasão da Ucrânia] chegam de licença e são transferidos para instituições médicas e hospitais que estão totalmente saturados", susteve, antes de afirmar que a situação também se relaciona com "uma burocracia e papelada excessiva" para a obtenção de "benefícios militares".
Nesse sentido, também sublinhou que Moscovo deve solucionar os assuntos relativos aos filhos menores dos militares destacados na Ucrânia, tal como face "aos irmãos e irmãs que deles dependem". "Estão fora do sistema de benefícios fornecidos pelas regiões, o que é incorreto", defendeu.
As declarações de Belousov foram proferidas durante uma comparência na Comissão de Segurança do Conselho da Federação, a Câmara alta do parlamento russo, no âmbito do processo de confirmação para o cargo.
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