Numa declaração conjunta aos órgãos chineses e russos, após uma reunião em Pequim, Xi disse que ele e Putin consideram "extremamente urgente" encontrar uma solução para a situação na Palestina.
O Presidente chinês apelou, em nome dos dois líderes, à "aplicação das resoluções das Nações Unidas" relativamente ao conflito.
Putin agradeceu à China "as iniciativas que apresentou para resolver este problema", em referência à guerra na Ucrânia, e disse que iria discutir em pormenor a política externa com Xi, numa segunda reunião.
Nos últimos meses, o país asiático manifestou o seu apoio à "solução dos dois Estados" e os seus responsáveis realizaram numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição, ao mesmo tempo que condenaram e manifestaram a sua "consternação" pelos ataques israelitas contra civis em Gaza.
"Ambas as partes concordam que uma solução política para a 'crise' na Ucrânia é a direção certa", afirmou Xi Jinping.
O líder chinês explicou que a posição da China sobre a guerra, criticada no Ocidente pela sua ambiguidade, é "consistente e clara".
O gigante asiático, que não condenou a invasão, negou repetidamente nos últimos meses ter laços militares com a Rússia, mas apelou à realização de uma conferência "reconhecida por todas as partes" para retomar o diálogo.
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da guerra na Ucrânia, Xi e Putin proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre as suas nações.
O primeiro ponto do plano de paz chinês destacou a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia. "O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado", lê-se na proposta.
Mas o Governo chinês apelou ainda ao fim da "mentalidade da Guerra Fria" -- um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos.
"A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares", lê-se no documento, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. "Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que as negociações devem incluir a restauração da integridade territorial da Ucrânia, a retirada das tropas russas, a libertação de todos os prisioneiros, a criação de um tribunal para julgar os responsáveis pela agressão e garantias de segurança para a Ucrânia.
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