A ilha mediterrânica, o Estado-Membro da UE mais próximo da Síria, acolheu uma conferência de estados que apoiam a sua proposta, dias depois do bloco comunitário ter dado luz verde ao pacto sobre migração e asilo, uma vasta reforma que endurece o controlo da imigração na Europa.
Outros participantes na conferência, centrada entre outras coisas nestas zonas de segurança na Síria, são a Áustria, República Checa, Dinamarca, Grécia, Itália, Malta e Polónia.
Os oito países fazem parte de um grupo maior de 15 Estados-membros, que também apelou a "novas soluções" destinadas a transferir migrantes para países terceiros.
O ministro do Interior cipriota, Constantinos Ioannou, sublinhou em comunicado que, após 13 anos de conflito na Síria, "é hora da UE redefinir a sua posição" sobre o país.
"A estabilidade neste país não foi totalmente restaurada", mas "devemos acelerar o processo e tomar todas as medidas necessárias para criar as condições que permitiriam o regresso das pessoas à Síria", sublinhou.
Chipre é um destino preferido dos refugiados sírios e as chegadas aumentaram acentuadamente nos últimos meses.
Para conter este fluxo, o governo intensificou as patrulhas marítimas e suspendeu a análise dos pedidos de asilo dos sírios, negando benefícios aos recém-chegados.
Ioannou apelou a um maior apoio financeiro ao Líbano, um país de trânsito para estes migrantes e que está mergulhado numa crise económica sem precedentes.
"Se o Líbano entrar em colapso, as consequências para toda a UE serão incalculáveis", alertou.
O Líbano afirma que acolhe cerca de dois milhões de refugiados da vizinha Síria.
No início de maio, a UE anunciou uma ajuda de mil milhões de euros para apoiar a "estabilidade socioeconómica" do Líbano, ao mesmo tempo que apelava a este país para que cooperasse na luta contra a imigração ilegal para a Europa.
O líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, cuja influência é preponderante no Líbano, apelou esta segunda-feira ao governo de Beirute para "abrir o mar" aos barcos de migrantes para pressionar a Europa, acusada no Líbano de querer manter os refugiados sírios no país.
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