O adolescente de 16 anos que confessou ter matado os pais adotivos e a irmã dentro de casa, em São Paulo, no Brasil, contou à polícia que não tinha problemas com a irmã, mas que a matou porque a jovem poderia impedi-lo de matar a mãe.
De acordo com o delegado da polícia responsável pela investigação, Roberto Afonso, citado pelo g1, o jovem afirmou que se relacionava bem com a irmã, mas como a mãe chegaria na casa seis horas depois de ter matado o pai e ele tinha intenção de também matá-la, não conseguiria manter a irmã em cativeiro e ela poderia impedir o crime.
Segundo o relato do adolescente, a irmã, que estava no primeiro andar da casa, ouviu o disparo que levou à morte do pai, e gritou. Após o sucedido, o jovem foi até ela e disparou contra o seu rosto. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
"Ele diz que deu um tiro na nuca do pai. Aí a irmã ouviu o disparo, e ele foi até ao primeiro andar e efetuou um disparo no rosto da irmã. Aguardou a mãe chegar. A mãe chegou e fez mais um disparo. Acertou na mãe. No dia seguinte, ele ainda pegou a faca e esfaqueou a mãe porque ainda sentia raiva", referiu.
Recorde-se que o jovem, que foi detido na madrugada de segunda-feira após ter telefonado às autoridades para confessar os crimes, não mostrou qualquer arrependimento durante o posterior depoimento e afirmou que "faria tudo novamente".
Nos dias entre matar os familiares e telefonar às autoridades com a confissão, o jovem terá seguido uma rotina relativamente normal tendo, inclusivamente, ido ao ginásio.
As discussões entre eles seriam frequentes e, em depoimento, o suspeito revelou que já tinha pensado em matar os pais noutra ocasião - só que não seguiu em frente com o plano.
Tudo terá começado na quinta-feira passada, quando os pais chamaram o menor de "vagabundo", além de lhe terem retirado o telemóvel. Não podendo usar o aparelho para fazer uma apresentação da escola, planeou a morte.
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