O exército acrescentou que os serviços de informações israelitas avisaram Netanyahu ainda antes do ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
As forças armadas israelitas referiram também que a unidade de informações militares enviou quatro notificações diferentes ao chefe do Governo, entre março e julho de 2023, nas quais "ilustrava a forma como os inimigos de Israel previam os danos que poderiam ser causados ao Estado de Israel e às forças de segurança em particular".
Nalgumas das notificações enviadas pelos serviços secretos, o general Amit Saar indicou que havia indícios de deliberações sobre "deixar Israel continuar a enfraquecer ou tomar a iniciativa e piorar a situação".
O exército confirmou esta informação em resposta a um pedido apresentado pela organização Hatzlacha, que defende a transparência e a correta aplicação das leis israelitas, noticiou o diário israelita Haaretz.
Em novembro de 2023, um mês após o ataque do grupo extremista palestiniano, o jornal referiu que o primeiro-ministro israelita tinha sido avisado de que uma eventual crise sobre a sua política interna poderia levar a uma "ação conjunta do Irão, do Hezbollah [movimento xiita libanês] e do Hamas", talvez mesmo "em simultâneo".
O controverso projeto de reforma judicial proposto pelo executivo de Netanyahu, o mais à direita da história de Israel, desencadeou, a partir de janeiro de 2023, uma grande vaga de manifestações que originou um movimento de protestos que semanalmente concentraram centenas de milhares de pessoas e foi o maior do país em décadas.
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