Itália expressa dúvidas no G7 sobre uso de ativos russos para ajudar Kyiv

O ministro da Economia italiano, Giancarlo Giorgetti, que preside o G7 de Finanças, alertou hoje para as dificuldades de chegar a uma base jurídica sólida para utilizar os ativos russos congelados no apoio à Ucrânia.

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© GABRIEL BOUYS/AFP via Getty Images

Lusa
23/05/2024 23:25 ‧ 23/05/2024 por Lusa

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Ucrânia

"Tenho de ser otimista, mas a questão dos ativos russos é complicada, temos de encontrar uma base jurídica sólida. Estou certo de que seremos capazes de fazer progressos antes da cimeira política (do G7) em meados de junho", explicou Giorgietti, em declarações aos jornalistas após a reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, por ocasião da reunião dos ministros das Finanças do G7.

E acrescentou: "Com muito cansaço chegou-se a um compromisso sobre os benefícios atuais, o problema é como transferir a mesma base jurídica para o futuro. Não é fácil, também existem reservas por parte dos bancos centrais. Estamos a trabalhar nisso, também temos de ser um pouco criativos, mas precisamos de nova regulamentação a nível europeu. Há eleições e tudo fica complicado".

A possibilidade de utilizar os lucros derivados dos ativos financeiros russos congelados para ajudar a Ucrânia é a principal questão que será abordada a partir desta sexta-feira, na reunião dos ministros das finanças e governadores dos bancos centrais do G7, que decorrerá em Stresa, norte de Itália.

Yellen reiterou, à chegada a Stresa, o compromisso dos EUA de utilizar bens congelados à Rússia para fornecer maior apoio económico à Ucrânia, tanto a nível militar como para a reconstrução do país.

Por outro lado, Giorgetti também se mostrou cético quanto a chegar a acordos sobre o chamado imposto mínimo global.

"O prazo de junho está a aproximar-se e honestamente parece improvável [conseguir fechá-lo]. Já tinha expressado as minhas previsões pessimistas", indicou o ministro italiano, após o encontro com Yellen.

Um dos temas que será abordado na reunião dos ministros da Economia dos países deste grupo - EUA, França, Alemanha, Canadá, Japão, Itália e Reino Unido - é a proposta promovida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de um imposto de 15% sobre o rendimento bruto das empresas internacionais sobre a atividade que desenvolvem em cada país.

Leia Também: EUA instam a reforçar frente unida contra sobrecapacidade produtiva da China

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