Comissão alerta para risco de interferência nas eleições britânicas

Uma comissão parlamentar avisou hoje o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para o risco de ingerência estrangeira, sob a forma de ciberataques ou campanhas de desinformação durante as eleições legislativas de 04 de julho.

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© Jeff J Mitchell/Getty Images

Lusa
24/05/2024 15:47 ‧ 24/05/2024 por Lusa

Mundo

Rishi Sunak

A presidente da comissão parlamentar sobre a segurança nacional, Margaret Beckett, refere, numa carta tornada pública, a existência, nos últimos anos, de "tentativas de interferência estrangeira por parte de países como a China, a Rússia, o Irão e a Coreia do Norte".

A deputada trabalhista recordou as conclusões dos serviços de segurança, que consideraram "quase certo" que a Rússia tentou influenciar as últimas eleições legislativas de 2019, e que acreditam que a China está a tentar influenciar processos eleitorais fora das suas fronteiras.

"Acreditamos que o Reino Unido deve estar preparado para a possibilidade de interferência estrangeira durante as eleições gerais de 04 de julho", escreveu a parlamentar, pedindo ao governo que reúna os partidos políticos, serviços de segurança e autoridades responsáveis pela organização das eleições para identificar possíveis medidas de proteção a adotar.

Na sua carta, Beckett, antiga ministra dos Negócios Estrangeiros no governo de Tony Blair, refere que a interferência pode assumir a forma de ciberataques, chantagem, desinformação em linha, incluindo através de "deepfakes", e tentativas de amplificar as divisões sobre questões controversas.

O relatório recomenda uma melhor formação do público para identificar a desinformação e garantir a segurança dos representantes eleitos.

O aviso acontece após terem sido divulgados vários casos de espionagem no Reino Unido envolvendo a China e a Rússia.

Recentemente, o Governo britânico acusou o Estado chinês de envolvimento em de ciberataques contra deputados britânicos críticos de Pequim, enquanto a Comissão Eleitoral anunciou, em agosto de 2023, ter sido vítima de um ciberataque por parte de "atores hostis" não identificados que tiveram acesso ao sistema durante mais de um ano.

Leia Também: Sunak admite deportações para o Ruanda só depois das eleições

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