Netanyahu recusa ceder às exigências do Hamas para fim da guerra em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestou hoje a sua oposição "firme" às exigências do grupo islamista palestiniano Hamas na próxima ronda de negociações, incluindo o fim da guerra na Faixa de Gaza.

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Lusa
26/05/2024 20:32 ‧ 26/05/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, "continua a exigir o fim da guerra, a retirada das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Faixa de Gaza e que o Hamas permaneça intacto", afirmou o gabinete do primeiro-ministro, acrescentando que "Netanyahu opõe-se firmemente a esta exigência".

Os relatórios da equipa de negociação, disse, "apenas endurecem a posição do Hamas".

Também hoje, Izzat Al Risheq, membro do gabinete político do Hamas, afirmou que a organização ainda não tinha recebido qualquer proposta dos mediadores, apesar dos "rumores que circulam sobre as negociações".

Al Risheq insistiu nas exigências da organização, que são "a cessação total e permanente da agressão em toda a Faixa de Gaza, não apenas em Rafah", como "a base e o ponto de partida para tudo".

Israel confirmou no sábado, após acordo com os Estados Unidos e o Qatar, que vai retomar na próxima semana as negociações de tréguas com o Hamas, suspensas desde 10 de maio e sem grandes progressos há meses, com o objetivo de tentar chegar a um acordo sobre uma troca de reféns por prisioneiros palestinianos, enquanto a Faixa de Gaza continua sob ataque israelita.

O Governo israelita insiste na prioridade de chegar a um acordo para o regresso dos reféns raptados no ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023 (no qual morreram também cerca de 1.200 pessoas), enquanto a organização islamista mantém a pressão para que se ponha fim à ofensiva na Faixa.

Dos 253 raptados em 7 de outubro, 121 permanecem no enclave, cerca de 40 mortos segundo Israel - mais de 70 segundo o Hamas - e quatro outros reféns detidos há anos, dois deles mortos.

Desde o início da guerra, Israel e o Hamas só chegaram a um acordo de tréguas de uma semana no final de novembro, que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos.

Além disso, quatro reféns foram libertados pelo Hamas em outubro; três foram resgatados pelo exército - dois deles em fevereiro, numa operação bem-sucedida em Rafah; e foram recuperados os corpos de 20 reféns, três dos quais foram mortos por engano pelas tropas israelitas em dezembro.

Leia Também: Hezbollah ameaça Israel com "surpresas"

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