Parlamento da Liga Árabe, Jordânia e Egito condenam ataque em Rafah

O Parlamento da Liga Árabe, a Jordânia e o Egito condenaram o bombardeamento israelita realizado hoje contra um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que provocou 50 mortos, segundo o grupo islamita Hamas.

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© REUTERS/Mohammed Salem

Lusa
27/05/2024 09:45 ‧ 27/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Parlamento da Liga Árabe, composta por 22 Estados, afirmou num comunicado que "as posições dos países que apoiam a entidade ocupante (Israel), liderada pelos Estados Unidos, são a principal razão pela qual continuam a cometer mais crimes e massacres, incluindo em Rafah, onde provocou dezenas de mártires e feridos, nomeadamente crianças e mulheres".

"O facto de não responsabilizarem a entidade ocupante pelos seus crimes e massacres (...), e de não tomar medidas dissuasivas contra essa, faz com que continue a matar e a destruir", afirmou a nota da Liga Árabe.

Pelo menos 50 habitantes de Gaza morreram durante a madrugada de hoje num bombardeamento israelita contra um campo de deslocados no noroeste de Rafah, no bairro de Tal al-Sultan, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O exército israelita confirmou o ataque aéreo, que foi "baseado em informações precisas" e dirigido contra dois altos responsáveis do Hamas.

"Este é um massacre atroz (...) contra civis palestinianos nos campos de deslocados de Rafah (...) a ocupação viola todas as leis, costumes e resoluções internacionais que exigem a cessação imediata da agressão", acrescentou o comunicado do parlamento árabe.

O organismo legislativo enfatizou que o último ataque israelita é "um flagrante desafio e violação de todas as resoluções, incluindo a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que pede a suspensão dos ataques a Rafah".

A Jordânia também condenou o "massacre de Rafah" e o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros instou a comunidade internacional a "tomar medidas imediatas e eficazes" e a "forçar Israel a assumir a responsabilidade pelas suas práticas e a ser responsabilizado pelas suas ações".

Egito condenou hoje um "bombardeamento deliberado das forças israelitas contra tendas de pessoas deslocadas" em Rafah.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito apelou, numa declaração, que Israel "implemente as medidas decretadas pelo Tribunal Internacional de Justiça relativas à cessação imediata das operações militares" na cidade palestiniana de Rafah, localizada na fronteira de Egito.

Desde 06 de outubro, Rafah é um dos principais alvos das operações militares israelitas, que causaram cerca de 36 mil mortes em Gaza desde 07 de outubro, segundo o Hamas.

Mais de 1,4 milhões de palestinianos vivem em Rafah, a maioria desses deslocados de outras áreas de Gaza devido às operações israelitas, mas mais de 900 mil desses foram forçados a fugir de Rafah devido a ataques em outras regiões do enclave.

Leia Também: Caos e morte. O depois do ataque de Israel a campo de deslocados em Rafah

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