O México deverá eleger a sua primeira presidente no domingo, tendo duas mulheres a liderar as eleições. No entanto, há mais de 20.000 cargos parlamentares e locais em disputa, de acordo com o Instituto Nacional Eleitoral.
A candidata da oposição Xóchitl Gálvez iniciou hoje os seus últimos comícios de campanha nos arredores da Cidade do México, tendo focado o seu discurso na política de "abraços e não balas" do presidente Andrés Manuel López Obrador, que acusou de não enfrentar os cartéis de drogas.
No domingo, Gálvez vai às urnas enfrentar a candidata do partido Morena, a ex-presidente da autarquia da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, que neste momento lidera a corrida tendo prometido continuar o trabalho e as políticas de López Obrador.
"Vamos continuar com os abraços, ou vamos aplicar a lei aos criminosos?", perguntou Gálvez a uma multidão que a aplaudiu entusiasticamente, avança a agência de notícias Associated Press (AP). "O México quer paz, quer tranquilidade", disse.
López Obrador retirou o financiamento das forças policiais e direcionou-o para a Guarda Nacional, uma força quase militar, que os críticos dizem não ter as habilidades profissionais e de investigação necessárias para combater os cartéis de drogas.
Já Gálvez prometeu devolver o financiamento às forças policiais e aumentar os salários dos agentes.
Embora López Obrador tenha aumentado o salário mínimo, não conseguiu reduzir significativamente a taxa de homicídios, que é historicamente alta no país: Mais de 30.000 assassinatos ocorrem anualmente no México.
A Associated Press sublinha que a violência alimentada por gangues também tem ensombrado as campanhas: Só este ano, já morreram 27 candidatos, na sua maioria candidatos a presidentes de câmara ou de assembleias municipais.
Só esta terça-feira há registo de dois novos ataques em duas regiões do país: Homens armados mataram um candidato suplemente no estado de Morelos, no sul da Cidade do México, e o candidato a presidente da autarquia no estado ocidental de Jalisco também foi baleado várias vezes no seu escritório de campanha, estando hospitalizado em estado grave.
Neste último ataque, foram também atingidos outros dois membros da equipa de campanha de Gilberto Palomar, estando todos hospitalizados em estado grave, segundo o coordenador de segurança daquele estado.
Leia Também: México. Polícia e manifestantes em confrontos junto à embaixada israelita