"Apelamos à RPDC e à Rússia para que ponham termo às transferências ilegais de armas", disse o G7 numa declaração conjunta também assinada pela Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul e União Europeia.
O último pacote de sanções dos governos do G7 "representa um esforço coordenado para responsabilizar a RPDC e a Rússia pelas suas ações", disseram na declaração citada pela agência francesa AFP.
O pacote de sanções representa também um esforço coordenado para "impor um custo financeiro aos atores e entidades envolvidos nas transferências ilegais de armas da RPDC para a Rússia para atacar a Ucrânia".
"Os nossos governos opõem-se firmemente a estas transferências de armas em curso, que a Rússia utilizou para bombardear importantes infraestruturas ucranianas, prolongando o sofrimento do povo ucraniano", acrescentaram.
Além de Itália, que preside atualmente ao G7, o grupo das economias mais desenvolvidas integra Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Japão e Reino Unido.
De acordo com um relatório da Defesa dos Estados Unidos publicado esta semana, a Rússia está a utilizar mísseis balísticos norte-coreanos na Ucrânia.
Os serviços secretos da Defesa norte-americanos confirmaram que os destroços encontrados em janeiro na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, provêm de um míssil balístico de curto alcance produzido na Coreia do Norte.
Também a Coreia do Sul acusou Pyongyang de ter enviado milhares de contentores de armas para a Rússia, desafiando as sanções das Nações Unidas.
A ONU decretou sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, e contra a Coreia do Norte pelo seu programa nuclear.
Os peritos afirmam que a recente série de testes norte-coreanos, nomeadamente de mísseis de cruzeiro e outros projéteis balísticos, pode estar ligada ao envio de armas para as tropas russas na Ucrânia.
Em março, Moscovo utilizou o direito de veto no Conselho de Segurança da ONU para dissolver o sistema de controlo das sanções da ONU contra Pyongyang.
Em 2023, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, fez uma rara viagem ao estrangeiro, deslocando-se à Rússia para uma cimeira com o Presidente russo, Vladimir Putin.
Em maio, Moscovo informou os meios de comunicação social russos de que estava prevista uma viagem de Putin à Coreia do Norte.
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