"No ano passado, o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] da Rússia foi de 3,6% e no primeiro trimestre deste ano foi de 5,4%. Ou seja, o ritmo de crescimento ultrapassa a média mundial", disse Putin no Fórum Económico de São Petersburgo.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o crescimento da economia mundial em 2023 foi de 3,1%, com a Rússia a registar 2,6%.
Putin afirmou que, mesmo com as restrições impostas a Moscovo, o país continua a ser um ator importante no comércio mundial.
"Apesar de todos os obstáculos e sanções ilegítimas, a Rússia continua a ser um dos principais intervenientes no comércio mundial e está a desenvolver ativamente a logística e a geografia da cooperação", afirmou.
Disse também que três quartos do comércio são efetuados atualmente com "países amigos", que não sancionaram a Rússia.
São sobretudo países asiáticos, com os quais o comércio aumentou 60%, segundo a agência espanhola EFE.
As trocas comerciais com o Médio Oriente também aumentaram 40% e, na mesma proporção, com a América Latina.
A Rússia está a desenvolver ativamente os laços com o continente africano, o que se reflete num aumento de 69% do comércio com os países da região.
Para proteger o comércio com os parceiros de restrições estrangeiras, a Rússia está a considerar a criação de um novo sistema de pagamentos em conjunto com os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
"Na linha dos BRICS, estamos a trabalhar na criação de um sistema de pagamentos independente, que não esteja sujeito a pressões políticas, abusos e sanções externas", afirmou.
A Rússia tem sido alvo de novas sanções por parte dos países aliados da Ucrânia desde que invadiu o país vizinho, em fevereiro de 2022.
As sanções visam diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra.
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