No último dia da sua viagem a França, que foi parcialmente dedicada à comemoração do desembarque dos Aliados, em 1944, o Presidente norte-americano prestou homenagem à memória dos americanos que morreram em combate durante a Primeira Guerra Mundial, no cemitério de Bois Belleau (Aisne).
O democrata de 81 anos depositou uma coroa de flores e parou por um momento antes de fazer o sinal da cruz.
O local contém 2.289 sepulturas, muitas delas de fuzileiros que morreram no verão de 1918 durante uma batalha feroz que durou mais de três semanas em Belleau Wood, considerada um ponto de viragem no conflito.
Este combate também deu origem à reputação de bravura daquela famosa divisão das Forças Armadas norte-americanas.
Em 2018, o republicano Donald Trump, então presidente, decidiu não visitar o cemitério como planeado, oficialmente devido às más condições climatéricas que o impediram de viajar de helicóptero.
De acordo com comentários relatados ao The Atlantic por testemunhas, Trump temia que a chuva perturbasse o seu penteado. Foi citado como tendo dito: "Porque hei-de ir a este cemitério? Está cheio de falhados".
O bilionário negou ter feito estes comentários, que foram um choque num país onde os veteranos são venerados.
Questionado hoje, durante a sua visita, sobre a mensagem que pretendia enviar aos eleitores, Joe Biden esquivou-se: "Tem outra pergunta?".
O Presidente dos Estados Unidos, que vai enfrentar Donald Trump em novembro para um segundo mandato, referiu-se a este episódio várias vezes durante a sua campanha.
Ainda na passada terça-feira, perante os doadores, disse: "Ele disse que eram falhados e otários (...). Quem é que ele pensa que é?".
A equipa de campanha de Joe Biden, que está a par com o seu adversário de 77 anos nas sondagens, também publicou esta semana um vídeo em que três veteranos criticam o republicano.
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