Extrema-direita francesa confiante na vitória e "censura" a Macron

Dirigentes e militantes da União Nacional de Marine Le Pen estão otimistas numa vitória expressiva nas eleições europeias em França que possa ser lida como uma "moção de censura" ao Presidente Emmanuel Macron. 

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© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images

Lusa
09/06/2024 18:56 ‧ 09/06/2024 por Lusa

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No Pavilhão Chesnay du Roy, leste de Paris, onde o partido vai acompanhar a noite eleitoral, o conselheiro regional de Ille de France, Laurent Morin, pediu o primeiro copo de champanhe. 

"Estou confiante não só num resultado positivo nestas eleições, mas também obter uma votação mais elevada do que nas eleições anteriores", afirmou à Agência Lusa. 

A União Nacional (Rassemblement National, RN na sigla francesa), formação de extrema-direita, já tinha ganho as eleições europeias de 2014 (24.86%) e 2019 (23,34%), mas por margens mais estreitas.

Para estas eleições, recordou Morin, as sondagens apontavam para cerca de 30%, potencialmente o dobro do Renascimento (Renaissance, RE), o partido político de Macron. 

Morin, que lidera a secção do RN no departamento parisiense de Yvelines, onde se situa o Palácio de Versalhes, espera que o chefe de Estado "aprenda uma lição", recorrendo a uma expressão coloquial francesa imprópria. 

"Penso que se a diferença for muito grande, Macron deve dissolver a Assembleia Nacional", defendeu, alegando que nestas eleições se discutiram visões diferentes para a economia, imigração e ambiente. 

Morin referiu ainda que uma redução de abstenção será entendida como uma forma de os franceses mostrarem a sua desilusão com o governo. 

Às 17:00, a taxa de participação de 45,26% fazia antever uma subida em relação às eleições de 2019 e 2014.

No local, os militantes vão continuando a chegar, aproveitando o bom tempo no jardim em redor do pavilhão próximo do Castelo de Vincennes.

O militante Hervé Moreau, um antigo capitão da polícia francesa, também chegou cedo, ansioso por um resultado "extraordinário" equivalente a uma "moção de censura" ao Presidente. 

Porém, duvida que Macron convoque eleições antecipadas, alegando que este "tem um ego demasiado grande". 

Antigo candidato independente às eleições legislativas de 2022, Moreau disse à Lusa que aderiu à RN, partido fundado por Jean-Marie Le Pen inicialmente designado por Frente Nacional (Front National), por entender que são necessárias "medidas mais firmes para a segurança" do país. 

Mais de 49 milhões de franceses foram chamados às urnas para eleger 81 eurodeputados, o maior contingente depois da Alemanha.

As primeiras projeções deverão ser divulgadas pelas 20h00 locais (19h00 em Lisboa), hora do encerramento das urnas. 

O líder da lista da RN às eleições europeias e presidente do partido, Jordan Bardella, deverá fazer uma primeira declaração poucos minutos depois, e a antecessora, Marine Le Pen, cerca de 40 minutos mais tarde. 

Leia Também: Animação portuguesa mais reconhecida em França que em Portugal

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