O barco partiu da costa norte da Somália transportando cerca de 260 cidadãos somalis e etíopes, para uma viagem de 320 quilómetros através do Golfo de Aden, quando naufragou, na segunda-feira, ao largo da costa sul do Iémen, indicou a OIM num comunicado.
O balanço inicial do número de vítimas apontava para 30 mortos, e o mais recente, desta manhã, referia 39 mortos.
Setenta e uma pessoas foram resgatadas com vida e as buscas prosseguem, indicou a agência especializada da ONU, precisando que há 31 mulheres e seis crianças entre os mortos.
O Iémen é uma das principais rotas para os migrantes da África Oriental e do Corno de África que tentam chegar aos países do Golfo para trabalhar.
Apesar de o Iémen viver há quase uma década em guerra civil, o número de migrantes que chegam ao país triplicou nos últimos anos, passando de cerca de 27.000 em 2021 para mais de 90.000 no ano passado, indicou a OIM em maio.
Há cerca de 380.000 migrantes atualmente no Iémen, de acordo com a organização.
Para chegar ao Iémen, os migrantes são levados por traficantes de pessoas em barcos muitas vezes em mau estado e sobrelotados pelo Mar Vermelho ou o Golfo de Aden.
Em abril, pelo menos 62 pessoas morreram em dois naufrágios ao largo da costa do Djibuti quando tentavam chegar ao Iémen.
Segundo a OIM, pelo menos 1.860 pessoas morreram ou desapareceram ao longo dessa rota, incluindo 480 que se afogaram.
O naufrágio de segunda-feira "é mais um alerta para a necessidade premente de se trabalhar em conjunto para enfrentar os urgentes desafios das migrações e garantir a segurança dos migrantes ao longo das rotas migratórias", sustentou o porta-voz da OIM, Mohammedali Abunajela.
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