"Isto mostra o quão dependentes o Presidente Putin e Moscovo estão agora dos países autoritários de todo o mundo", argumentou o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) durante uma visita a Washington, a capital norte-americana que acolherá a cimeira da aliança de 09 a 11 de julho.
"Os seus amigos mais próximos e maiores apoiantes do esforço de guerra russo são a Coreia do Norte, o Irão e a China", acrescentou Stoltenberg, em declarações a jornalistas, enfatizando ainda que "a Rússia está agora a violar sanções" decretadas contra a Coreia do Norte.
Vladimir Putin vai realizar uma visita de Estado à Coreia do Norte na terça e quarta-feira, anunciou hoje o Kremlin (presidência).
A visita realiza-se a convite do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que há nove meses se deslocou à Rússia, precisou o Kremlin, citado pela agência oficial russa TASS.
Durante a visita, Pyongyang e Moscovo vão assinar "documentos importantes", anunciou ainda a Presidência russa, que admitiu a possibilidade de uma "parceria estratégica global".
De acordo com o conselheiro diplomático do Presidente russo, Yuri Ushakov, serão assinados "documentos importantes e muito significativos", mencionando "a possível conclusão de um acordo de parceria estratégica global".
"Este tratado, se for assinado, será obviamente condicionado pelas profundas mudanças na situação geopolítica no mundo e na região, e pelas mudanças qualitativas que ocorreram recentemente nas nossas relações bilaterais", referiu a mesma fonte.
"As partes ainda estão a trabalhar no acordo e a decisão final sobre a sua assinatura será tomada nas próximas horas", acrescentou Ushakov, que informou ainda que Putin e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, farão "declarações à imprensa".
O Ocidente acusa a Coreia do Norte de fornecer munições à Rússia para a guerra contra a Ucrânia.
Os dois países, que estão sujeitos a pesadas sanções internacionais, reforçaram consideravelmente os laços desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Os Estados Unidos acusaram na semana passada a Rússia de utilizar mísseis balísticos norte-coreanos na Ucrânia.
Em troca, segundo Washington e Seul, a Rússia forneceu à Coreia do Norte conhecimentos especializados para o seu programa de satélites e enviou ajuda para fazer face à escassez de alimentos no país.
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