O naufrágio ocorreu na província de Mai-Ndombe, depois do barco, que navegava em direção à capital do país, Kinshasa, no rio Kwa, se ter avariado e colidido com outro na noite de 10 de junho.
"Os corpos ficaram presos no barco que se avariou a meio da noite no grande rio Kwa com destino a Kinshasa", disse hoje Ricky Masala, porta-voz da sociedade civil em Mai-Ndombe, à agência de notícias espanhola EFE, acrescentando que 13 corpos foram encontrados no leito do rio, em Lediba.
Segundo Masala, a maioria dos corpos já está em estado de decomposição, pois foram descobertos quase uma semana após o naufrágio.
"Juntamente com a Cruz Vermelha, esperamos encontrar as outras 63 pessoas que ainda estão desaparecidas", acrescentou.
Na quinta-feira, 12 corpos foram recuperados após buscas efetuadas pela Comissão Fluvial da província, em colaboração com a Cruz Vermelha, a Direção-Geral das Migrações, organismo que controla todos os pontos de entrada no país e as diferentes regiões, e voluntários locais.
Oito corpos foram enterrados no território de Mushie, de onde o barco naufragado partiu para Kinshasa na noite da tragédia, e os outros quatro foram enterrados na zona do naufrágio, perto da aldeia de Lediba.
Na sequência do acidente, a segunda embarcação afundou-se e apenas 185 dos 273 passageiros que transportava conseguiram salvar-se a nado.
Os naufrágios são relativamente frequentes na bacia do Congo, onde o rio Kwa desagua, porque os rios e os lagos são utilizados diariamente como meio de transporte num país com poucas infraestruturas e florestas densas, que faz fronteira com a lusófona Angola.
As embarcações, muitas vezes precárias, circulam frequentemente lotadas e a sinalização é quase inexistente.
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