"O hospital Al Nao em Omdurman, apoiado por MSF, foi atacado na quarta-feira, 19 de junho, durante um intenso bombardeamento na cidade, no qual três pessoas morreram, incluindo um voluntário do hospital local. Pelo menos 27 feridos foram admitidas nas urgências", indicou a organização, na sua conta na rede social X.
A MSF explicou que esta não é a primeira vez que esta unidade de saúde é afetada pela "violência indiscriminada".
Em outubro, um projétil atingiu o serviço de urgências do hospital, matando dois trabalhadores e ferindo cinco pessoas.
Este hospital público é o maior em funcionamento em Omdurman, que "recebe todos os dias um elevado número de casos médicos de emergência e feridos de guerra", segundo a MSF.
A ONG lembrou que os ataques a instalações de saúde "deveriam ser impensáveis, mas é algo que ocorre com demasiada frequência no Sudão".
A MSF não aponta nenhum ator como autor deste ataque nem qualquer parte reivindicou a responsabilidade por esta ação.
O Exército sudanês conseguiu recuperar o controlo de grande parte da cidade que liga à capital sudanesa das mãos do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR).
O Exército e as FAR estão envolvidos numa guerra aberta em todo o Sudão desde 15 de abril de 2023, que causou pelo menos 30.000 mortos, segundo o Sindicato dos Médicos Sudaneses, e causou o deslocamento interno e externo de mais de 10 milhões de pessoas, causando a pior onda de pessoas deslocadas no mundo atualmente.
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