O acordo, assinado em Pyongyang entre os líderes norte-coreano, Kim Jong-un, e russo, Vladimir Putin, prevê a ajuda mútua se um dos países for atacado.
"Estamos a planear reconsiderar a questão do apoio de armas à Ucrânia", disse o diretor do Conselho Segurança Nacional (CSN) sul-coreano, Chang Ho-jin, citado pela agência espanhola Europa Press.
Chang referiu que, até agora, o Governo da Coreia do Sul "tem mantido a posição de que não fornecerá armas letais à Ucrânia", país que foi invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.
O Governo da Coreia do Sul condenou o acordo assinado em Pyongyang num comunicado divulgado na quarta-feira.
"Manifestamos grande preocupação e condenamos a decisão de reforçar a cooperação militar e económica mútua através da assinatura de um tratado (...) entre a Coreia do Norte e a Rússia", afirmou o executivo de Seul.
Chang justificou o anúncio feito após uma reunião do Comité Permanente do CSN com a "séria preocupação" na Coreia do Sul com o Tratado de Parceria Estratégica Coreia do Norte-Rússia.
Advertiu que qualquer acordo que contribua direta ou indiretamente para reforçar as capacidades operacionais de Pyongyang viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, pelo que deve ser objeto de controlo e de sanções internacionais.
Anunciou também que Seul vai impor novas sanções contra navios, empresas e indivíduos envolvidos no transporte de armas e no transbordo de petróleo entre a Rússia e a Coreia do Norte, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
"Em relação aos controlos de exportação para a Rússia que têm estado em vigor desde a Guerra da Ucrânia, vamos designar mais 243 novos itens, tornando 1.402 itens sujeitos a sanções", acrescentou.
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