"Estamos prontos", afirmou Jordan Bardella, acrescentando que "a União Nacional é atualmente o único movimento que pode cumprir as aspirações claramente expressas pelo povo francês de uma forma razoável", enquanto as sondagens lhe dão entre 35,5% e 36% das intenções de voto.
Jordan Bardella, de 28 anos, ambiciona tornar-se primeiro-ministro se obtiver a maioria absoluta nas eleições de 30 de junho e 07 de julho.
A aliança entre o seu partido e o presidente do partido de direita (Os Republicanos) é a única alternativa credível após os "sete longos anos de Macronismo", que enfraqueceram a França, segundo o candidato.
Bardella propôs "uma grande explosão de autoridade" nas escolas "a partir do início do novo ano letivo, em setembro", incluindo a proibição de telemóveis nas escolas até ao bacharelato.
"Os telemóveis serão proibidos nas escolas, incluindo nos liceus", "os professores serão obrigados a cumprir um contrato formal e as experiências com uniformes serão prosseguidas. Pessoalmente, sou a favor da introdução de uniformes nas escolas primárias, mas também nos liceus", referiu Bardella.
O candidato da extrema-direita também previu que, em caso de vitória da Nova Frente Popular, aliança de partidos de esquerda (27 a 29,5% dos votos de acordo com as sondagens), unidos apesar das profundas diferenças fundamentais, haverá uma explosão da imigração e uma crise económica profunda.
Relativamente, ao apoio da França à Ucrânia na sequência da invasão pela Rússia, Jordan Bardella reiterou que manterá o apoio a Kiev, mas que se opõe ao envio de mísseis de longo alcance e de tropas francesas, caso chegue a primeiro-ministro.
"Embora eu seja a favor de continuar a fornecer apoio logístico e equipamento de defesa à Ucrânia, a linha vermelha mantém-se no que diz respeito ao envio de mísseis de longo alcance ou de equipamento militar que possa ter as consequências de uma escalada, ou seja, equipamento que possa atingir diretamente cidades russas, porque penso que isso criaria as condições para a co-beligerância por parte da França e as condições para uma escalada face a uma potência que é uma potência nuclear", declarou.
Bardella disse também que estaria "extremamente vigilante" face às "tentativas de ingerência da Rússia", já que vê a "Rússia como uma ameaça multidimensional, tanto para a França como para a Europa".
Segundo o candidato, "a Rússia desafia os interesses franceses" nas "zonas de influência histórica em África", no Mar Negro e nos territórios ultramarinos franceses.
"Estarei extremamente vigilante contra qualquer tentativa de ingerência da Rússia, mas também de todos os Estados e de todas as potências do mundo", assegurou.
Ainda em matéria de política externa, o presidente do RN excluiu o reconhecimento de um Estado palestiniano, afirmando que "isso seria reconhecer o terrorismo".
A campanha para as eleições legislativas antecipadas em França entrou hoje na sua última semana, com a primeira volta marcada para domingo, 30 de junho.
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