Os franceses mostraram "o seu desejo de virar a página de sete anos de poder desdenhoso e corrosivo" do chefe de Estado Emmanuel Macron, disse Le Pen, eleita na primeira volta no seu círculo eleitoral no Norte.
O "bloco macronista" foi "praticamente aniquilado", afirmou a líder do RN, apelando ao povo francês para que dê ao partido de extrema-direita "uma maioria absoluta" na segunda volta, agendadas para o próximo domingo, 07 de julho.
"Não há nada mais normal do que a alternância política, para isso, precisamos de uma maioria absoluta", por forma a não deixar alternativa ao Presidente Emmanuel Macron que não a de nomear o candidato do RN à liderança do Governo, Jordan Bardella.
"Nada se ganha de antemão, a segunda volta será decisiva para evitar que o país caia nas mãos da Nupes [coligação de esquerda atualmente designada por Frente Popular], que é de extrema-esquerda e tem tendências violentas", acrescentou.
Uma maioria absoluta para Bardella, continuou Marine Le Pen, contribuirá para "restaurar a unidade e a harmonia nacional".
A líder do RN avisou os eleitores para não se deixarem "amedrontar ou assustar" por aqueles que querem "fazer durar o atual sistema [político], que não funcionou".
"Os direitos [do povo] estão garantidos e, logo que possível, outros novos direitos serão criados", afirmou.
O partido de extrema-direita União Nacional (RN), de Marine Le Pen e seus aliados, está na frente na primeira volta das eleições legislativas francesas, com mais de 34% dos votos, de acordo as primeiras projeções.
A extrema-direita está nesta fase à frente da aliança de esquerda Nova Frente Popular, que segundo as sondagens à boca das urnas contará com um resultado entre 28,5% e 29,1%. A uma distância ainda maior está o partido do campo do Presidente Emmanuel Macron (20,5% a 21,5%).
[Notícia atualizada às 22h40]
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