"Isto causa preocupação não só em Minsk, mas também em Moscovo. Porque somos realmente parceiros e aliados", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, na conferência de imprensa telefónica diária.
Peskov disse que a Bielorrússia faz parte da União Estatal com a Rússia e que os dois países têm "formatos especiais" de diálogo entre instituições, incluindo os serviços secretos.
"Os nossos Ministérios da Defesa estão em constante comunicação", acrescentou Peskov, citado pela agência espanhola EFE.
O chefe do Estado-Maior do exército bielorrusso, Pavel Muraveiko, disse no sábado que a situação na fronteira ucraniana era "bastante complicada".
"E muda todos os dias, não para melhor", afirmou.
A Bielorrússia, principal aliado de Moscovo, tem uma fronteira de 1.084 quilómetros com a Ucrânia e de quase mil quilómetros com a Rússia.
"Nas últimas semanas, temos observado atividades infundadas e incompreensíveis perto das nossas fronteiras", disse o general bielorrusso.
Segundo Muraveiko, as alegadas movimentações de tropas da Ucrânia levaram a Bielorrússia a deslocar mais forças para a fronteira, reforçando-a com tropas e artilharia, para "poder reagir a tempo" a eventuais ações ucranianas.
Além da Rússia e da Ucrânia, a Bielorrússia também partilha a sua fronteira de 3.617 quilómetros com a Polónia, a Lituânia e a Letónia.
O regime de Minsk, liderado pelo Presidente Alexander Lukashenko, assinou um tratado com Moscovo em 1999 que formou a União Estatal da Rússia e Bielorrússia, depois de outros acordos semelhantes.
Trata-se de uma organização supranacional destinada a harmonizar as diferenças políticas e económicas entre os dois países.
A Bielorrússia foi uma das repúblicas da antiga União Soviética, liderada por Moscovo e dissolvida em 1991.
Lukashenko é um dos poucos aliados do Presidente russo, Vladimir Putin, na guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada com a invasão russa de fevereiro de 2022.
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