O suspeito, cuja identidade não foi divulgada, foi detido na segunda-feira, de acordo com a NTB, com base em informações da agência de segurança, conhecida pelo acrónimo norueguês PST.

O detido, que será ouvido hoje por um tribunal em Oslo, é suspeito de atividades graves de espionagem que envolvem segredos de Estado, segundo a NTB, citada pela agência norte-americana AP.

A PST não estava imediatamente disponível para comentar.

O advogado do suspeito, Marius Dietrichson, disse a um jornal norueguês que o cliente nega ser um agente da China.

Na avaliação anual das ameaças, publicada em fevereiro, o serviço de segurança interna norueguês afirmou que a China "será uma ameaça significativa para os serviços secretos em 2024".

"Isto deve-se, em particular, à deterioração das relações entre a China e o Ocidente, ao desejo da China de ter um maior controlo sobre as cadeias de abastecimento e ao posicionamento no Ártico", segundo a PST.

A Noruega descobriu outras atividades suspeitas de serviços de informações estrangeiros no país.

Em 2022, as autoridades detiveram um académico que trabalhava na Universidade Ártica da Noruega, em Tromsoe, que tinha entrado na Noruega como cidadão brasileiro e que era suspeito de espiar para a Rússia.

José Assis Giammaria, que confirmou que o nome verdadeiro é Mikhail Mikushin, entrou na Noruega em 2021 para investigar as regiões setentrionais e as ameaças híbridas.

Ainda não foi marcada uma data para o julgamento do caso de Mikushin.

A fronteira ártica da Noruega com a Rússia tem 198 quilómetros de comprimento.

A Noruega é um dos países fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança de defesa ocidental conhecida pela sigla NATO, do nome em inglês.

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