"Uma série de respostas começou rapidamente ontem (quarta-feira) à noite e continua até hoje e continuará visando novas posições que o inimigo nunca teria imaginado", afirmou o chefe do conselho executivo do Hezbollah, Hashem Safi al-Din, num discurso realizado no funeral de Nasser.
Nasser, conhecido como "Hajj Abu Niamah", comandava a Unidade Aziz do grupo xiita e foi morto quarta-feira, num bombardeamento israelita contra o veículo em que seguia, na zona de al-Housh, no sul do Líbano, tornando-se, assim, na terceira vítima deste tipo em quase nove meses de combates.
O líder do conselho executivo recordou durante o seu discurso que nos últimos dois dias já foram lançadas "centenas de obuses e dezenas de drones" para vingar a morte do comandante.
"Na nossa resistência, nenhuma bandeira cai e nenhuma frente é desarticulada, porque quando um líder morre, outro recebe a bandeira e continua (o trabalho) com nova insistência. Quando nos despedimos dos mártires, a nossa insistência é reforçada", acrescentou.
Safi al-Din considerou ainda que a morte de Nasser não deu qualquer "vantagem militar" a Israel, cujo exército está à beira de uma "derrota esmagadora", após quase nove meses de guerra na Faixa de Gaza e de confrontos com o Hezbollah no Líbano.
O caixão de Nasser, coberto de amarelo do Hezbollah e com uma fotografia sua, foi transportado pelas ruas de Dahye, um dos principais redutos do Hezbollah no país.
Centenas de pessoas marcaram presença no funeral, agitando bandeiras do Hezbollah.
De acordo com uma biografia divulgada pelo movimento armado, o comandante integrava as suas fileiras desde 1986, combateu durante a invasão israelita do sul do Líbano até 2000 e participou também na guerra de 2006 contra o Estado judaico.
É o terceiro comandante de alta patente morto desde o início das hostilidades entre as partes, em outubro passado, e o segundo nas últimas três semanas, depois de o comandante Abu Taleb ter sido morto num outro bombardeamento israelita no sul do Líbano, a 11 de junho.
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