Oposição venezuelana pede que militares façam respeitar resultados eleitorais

O principal candidato da oposição venezuelana às presidenciais de 28 de julho, Edmundo González Urrutia, apelou hoje aos militares para que "façam respeitar" os resultados eleitorais e se abstenham de propaganda pró-governamental. 

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© Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

Lusa
05/07/2024 20:39 ‧ 05/07/2024 por Lusa

Mundo

Venezuela

Num comunicado dirigido a militares hoje divulgado, Urrutia declara-se confiante na sua eleição como presidente, perante o atual chefe de Estado Nicolás Maduro, e sublinha que a prioridade do seu mandato será "a melhoria, a atualização e o reforço jurídico e administrativo do bem-estar social de todos os militares no ativo e reformados". 

No dia em que os venezuelanos comemoram o 213.º aniversário da Declaração de Independência e o dia das Forças Armadas e do Soldado Venezuelano, pede aos militares para "fazerem respeitar os resultados da decisão eleitoral" e cumprir a Constituição, sublinhando que "o povo venezuelano conta que a sua instituição militar respeite e faça respeitar a sua vontade soberana".

No comunicado - dirigido a generais, oficiais superiores, subalternos, cadetes, tropas profissionais e alistadas - o candidato opositor convoca-vos "para a nova etapa que se abrirá" na Venezuela, na qual voltarão a desempenhar um papel de destaque.  

"São uma instituição que, segundo a Constituição, tem de ser essencialmente profissional, sem militância política, que está ao serviço exclusivo da Nação e em nenhum caso de qualquer pessoa ou partidarismo político" e "têm como responsabilidade essencial o planeamento, a execução e o controlo das operações militares necessárias para assegurar a defesa da Nação", afirma.

O candidato da oposição lembra ainda que os militares "exercem igualmente o direito de votar nos termos da lei, sem que lhes seja permitido praticar atos de propaganda, militância ou proselitismo político".

"Isto é particularmente significativo numa altura em que se aproximam as eleições presidenciais e, consequentemente, a mudança do comandante-em-chefe" das Forças Armadas, sublinha.

Leia Também: Venezuela. Sindicato exige garantias para jornalistas que cubram eleições

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