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Ex-PM francês Edouard Philippe pede governo provisório com moderados

O ex-primeiro-ministro francês Edouard Philipp acusou hoje o Presidente, Emmanuel Macron, de ter colocado o país em perigo ao dissolver a Assembleia Nacional e pediu um governo provisório sem a extrema-direita ou a extrema-esquerda.

Ex-PM francês Edouard Philippe pede governo provisório com  moderados
Notícias ao Minuto

22:44 - 07/07/24 por Lusa

Mundo Eleições em França

"Nenhum bloco tem uma maioria suficiente", assinalou o antigo chefe de Governo (2017-20), após as projeções divulgadas após o final da votação na segunda volta das legislativas antecipadas e que dão uma vitória à esquerda, à frente de macronistas e da extrema-direita, mas sem que qualquer dos blocos some uma maioria.

Face a este cenário, Philippe defendeu um acordo de Estado que exclua a extrema-direita e a França Insubmissa, a principal força da Nova Frente Popular, a aliança de esquerda com socialistas, comunistas e ecologistas.

O antigo dirigente notou que a decisão de Emmanuel Macron de "dissolver o hemiciclo foi tomada com o objetivo de clarificar e causou uma grande desorientação". "Lamento-a porque coloca o país em perigo, ameaça-o com a perda de credibilidade e de direção", disse Philippe, que apelou a um acordo de moderados para "garantir a estabilidade".

As estimativas divulgadas após o fecho das urnas da segunda volta das legislativas apontam uma vitória da Nova Frente Popular, com 172 e 215 deputados, enquanto o bloco de Emmanuel Macron poderá contar com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita, com 115 a 155 deputados eleitos.

Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.

Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%. O Ensemble (Juntos) obteve 20%.

As legislativas francesas foram convocadas por Macron, após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 09 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.

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