"Infelizmente para o senhor Putin é normal atacar infraestruturas civis e ele não se importa se é um hospital ou um edifício residencial", comentou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em conferência de imprensa.
O ataque russo contra o Hospital Pediátrico Okhmatdyt, em Kyiv, e outras infraestruturas do país deixou pelo menos 32 mortos, incluindo crianças, e dezenas de feridos.
Esta ofensiva ocorre antes do início da cimeira anual da NATO em Washington, na qual os países aliados se concentrarão na aprovação de medidas que garantam o apoio a longo prazo à Ucrânia contra a invasão russa.
Kirby observou que a reunião na capital norte-americana enviará a Putin "um forte sinal de que, se ele pensa que pode superar uma coligação de países que apoiam a Ucrânia, está novamente errado".
"Como disse o próprio Presidente [norte-americano, Joe] Biden, a Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia porque as pessoas livres recusam-se a viver num mundo de desesperança e escuridão", observou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
Na cimeira, segundo Kirby, os Estados Unidos e vários aliados farão "grandes anúncios" para fortalecer a parceria militar e política com a Ucrânia para ajudar o país a continuar a defender-se e a dissuadir futuras agressões russas.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também condenou os últimos ataques com mísseis russos contra a Ucrânia e indicou igualmente que os líderes aliados decidirão na sua cimeira desta semana aumentar o apoio a Kyiv.
"Na Ucrânia, a Rússia continua a sua guerra brutal. Ainda hoje assistimos a horrendos ataques de mísseis contra cidades ucranianas, matando civis inocentes, incluindo crianças. Condeno estes ataques atrozes", disse Stoltenberg em declarações aos jornalistas, ao lado do secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin.
O secretário-geral da NATO, que se encontra em fim de mandato, deixou claro que a Rússia não pode esperar que a Aliança Atlântica abandone Kyiv e "terá de se sentar e aceitar uma solução em que a Ucrânia prevaleça como nação soberana e independente".
Durante a cimeira, estará em discussão que os aliados aprovem um pacote de ajuda à Ucrânia que inclui um papel de liderança para a NATO na gestão das contribuições internacionais de armas para o país invadido e um fundo de cerca de 40 mil milhões de euros para pagar o equipamento militar de que Kyiv necessita para se defender da Rússia.
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