"[A NATO] é uma aliança que considera a Rússia inimiga e adversária. Uma aliança que já declarou abertamente, em várias ocasiões, que tem como objetivo provocar uma derrota estratégica à Rússia no campo de batalha. É por isso que vamos seguir a retórica das conversações (...) com a maior atenção", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em conferência de imprensa.
Os trabalhos da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte começam hoje e prolongam-se até quinta-feira.
A Aliança Atlântica alargou-se a 32 Estados, incluindo a Finlândia e a Suécia, desde o início do ataque russo em grande escala à Ucrânia em 2022.
A cimeira de Washington deve confirmar o apoio à Ucrânia sendo que o encontro é igualmente marcado pela incerteza política que antecede as eleições presidenciais norte-americanas, em novembro.
Os aspetos sobre o reforço da Defesa e do financiamento da própria organização são temas que previsivelmente vão ser discutidos pelos representantes dos 32 países.
A NATO têm prestado ajuda militar à Ucrânia desde o início do conflito, mas Kiev considera a ajuda como insuficiente para expulsar o Exército russo do território.
O Presidente Volodymyr Zelensky, que vai participar na cimeira, deve fazer um novo apelo aos aliados ocidentais para que sejam disponibilizados mais sistemas de defesa aérea, na sequência dos últimos ataques a várias cidades ucranianas que causaram pelo menos 37 mortos e 150 feridos, incluindo num hospital pediátrico em Kiev.
Peskov reafirmou hoje a posição russa sobre os acontecimentos de segunda-feira garantindo que a Rússia não está a realizar "quaisquer ataques contra alvos civis" na Ucrânia.
Kiev afirma que um míssil russo atingiu o hospital pediátrico de Okhmatdyt, na capital, na segunda-feira.
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