"A Ucrânia pode e vai parar Putin". Biden discursou na cimeira da NATO

Joe Biden anunciou que os EUA e seus aliados vão fornecer "equipamentos para reforçar as defesas antiaéreas" de Kyiv, garantindo que "vão chegar à linha da frente" de guerra na Ucrânia.

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Daniela Carrilho
09/07/2024 22:56 ‧ 09/07/2024 por Daniela Carrilho

Mundo

Cimeira da NATO

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta terça-feira, "equipamentos para reforçar as defesas antiaéreas da Ucrânia" durante o seu discurso na cimeira da NATO, a decorrer em Washington, nos EUA, e garantiu que "a Ucrânia pode e vai parar Putin".

Biden começou por falar sobre a formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), após a Segunda Guerra Mundial, numa tentativa de "responder rapidamente às ameaças" e "prevenir futuras guerras e proteger a democracia".

Mencionando o 11 de setembro de 2001, o presidente dos EUA recordou que os aliados "estiveram connosco e invocaram o artigo 5º pela primeira vez na história da NATO". "Um ataque contra um é um ataque contra todos", salientou.

Neste sentido, afirmou que "a NATO está mais forte do que nunca", com 32 nações, dando o exemplo da Finlândia e da Suécia, que aderiram à Aliança não apenas porque os seus líderes o quiseram, mas porque os seus cidadãos o solicitaram "em número esmagador".

"Este momento da história requer a nossa defesa coletiva", declarou Biden, referindo-se à guerra da Ucrânia, "uma guerra que Putin apenas quer a submissão total da Ucrânia e, assim, erradicar a Ucrânia do mapa".

"Não se deixem enganar. A Ucrânia pode e vai parar Putin. E tem o nosso apoio total", afirmou Biden, ouvindo-se fortes aplausos na sala.

"Juntos fornecemos apoio humanitário e económico significativo à Ucrânia, bem como meios para a Ucrânia defender-se... Tanques, mísseis de longo alcance, milhões de munições. Os EUA e os seus aliados assinaram acordos bilaterais com a Ucrânia", realçou Biden, anunciando, de seguida, o fornecimento de defesas aéreas adicionais à Ucrânia.

"Vamos fornecer uma doação histórica de equipamentos para reforçar as defesas antiaéreas da Ucrânia. Os EUA vão garantir que quando exportarmos estes sistemas, estes equipamentos vão chegar à linha da frente", terá dito.

Em causa está um esforço conjunto por parte dos EUA, Alemanha, Países Baixos e Roménia, que vão fornecer à Ucrânia quatro sistemas de defesa aérea Patriot nos próximos meses, enquanto Itália fornecerá um sistema SAMP-T, respondendo assim aos principais pedidos que Kyiv vinha fazendo. 

Biden acredita que "a Rússia está a falhar dois anos depois desta guerra de escolha", com mais de "300 mil tropas russas feridas ou mortas". Contudo, garante que "vamos continuar de pé, tal como continuámos até aqui". 

"A Rússia não vai prevalecer, mas a Ucrânia vai prevalecer. Este é um momento de viragem para a Europa e para o mundo. Escolhemos sempre a liberdade sobre a tirania. A guerra vai acabar com uma Ucrânia livre", acrescentou

Este anúncio ocorre num momento crítico na defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia, um dia após ataques mortais russos que devastaram o maior hospital pediátrico da Ucrânia.

Por fim, Biden entregou ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a Medalha Presidencial da Liberdade.

Trata-se da maior distinção civil nos EUA e acontece no momento em que Stoltenberg se preparara para deixar a liderança da NATO.

[Notícia atualizada às 23h58]

Leia Também: "Estamos a lutar". Zelensky chega a Washington para cimeira da NATO

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