O "assistente de segurança da missão especial de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)" no leste da Ucrânia, de 56 anos, foi "condenado" por "espionagem" e sentenciado a "14 anos de prisão numa colónia penal de regime rigoroso", refere o comunicado oficial russo.
De acordo com a acusação, em 2021, antes do início da campanha da Rúss ia na Ucrânia, Vadym Golda recolheu "dados sobre instalações industriais que foram posteriormente atingidas por mísseis ucranianos".
Golda foi detido em abril de 2022.
A Procuradoria-Geral da Rússia refere no mesmo comunicado que o funcionário da OSCE colaborou com "serviços secretos estrangeiros", sem os identificar ou fornecer provas.
Hoje, a OSCE, criada no auge da Guerra Fria, "condenou categoricamente" a sentença contra o funcionário e apelou à "libertação imediata" de Vadym Golda assim como de dois outros membros da organização, que foram condenados em setembro de 2022 a 13 anos de prisão pela justiça russa.
Desde o início da ofensiva militar na Ucrânia, as autoridades russas aumentaram o número de detenções por espionagem, traição ou colaboração com a Ucrânia.
Em 2022, a Rússia bloqueou a renovação da missão permanente da OSCE na Ucrânia, bem como a extensão da missão que, desde 2014, acompanhava o conflito entre Kiev e os separatistas armados e liderados por Moscovo no Donbass (leste da Ucrânia).
Os serviços de segurança e informações da Rússia (FSB) anunciaram hoje, segundo as agências noticiosas russas, a detenção de um alegado agente dos serviços secretos militares ucranianos na Crimeia anexada, acusado de "transmitir informações sobre os locais de implantação" das forças de Moscovo na península.
O homem, cuja identidade não foi revelada, pode ser sentenciado até 20 anos de prisão, segundo as autoridades russas.
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