Irão rejeita acusações dos EUA sobre envio de armas para o Iémen

O Irão rejeitou as acusações dos Estados Unidos sobre o suposto uso de armamento iraniano pelos combatentes huties do Iémen nos ataques contra a navegação comercial no Mar Vermelho.

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© Getty Images/Fatih Aktas/Anadolu

Lusa
12/07/2024 13:29 ‧ 12/07/2024 por Lusa

Mundo

Conflito

 

 

Amir Said Iravani, representante permanente do Irão nas Nações Unidas, em Nova Iorque, disse que Teerão "recusa de forma firme e inequívoca" as acusações "infundadas" dos Estados Unidos.

A posição foi expressa através de uma carta enviada à ONU e publicada no portal oficial da missão diplomática iraniana. 

Na mesma mensagem, o representante reiterou que Teerão "já deixou expresso em várias ocasiões" que respeita as resoluções "relevantes" do Conselho de Segurança da ONU, recusando as novas acusações sobre o envio de armamento aos combatentes que controlam o Iémen. 

"O Irão considera estas acusações apenas como pontos da agenda política dos Estados Unidos para encobrir e legitimar os contínuos atos de agressão contra a soberania e integridade territorial do Iémen", acrescenta a missiva em referência aos bombardeamentos das posições huties no país. 

O diplomata acusa ainda os Estados Unidos de pressionar os especialistas da ONU sobre a questão do Iémen frisando que Teerão pretende uma solução pacífica através dos canais diplomáticos e que o Irão "respeita a segurança marítima e a liberdade de navegação".

"Os Estados Unidos não podem negar as responsabilidade por todas as atrocidades e violações e acusando outros Estados soberanos", acusou. 

Um relatório publicado recentemente pelos autoridades norte-americanas da Defesa sobre a apreensão e alegado contrabando de armamento para o Iémen indica "provas" do suposto envio de material bélico do Irão para os combatentes do Iémen.  

Os huties, que controlam a capital do Iémen, Sanaa, e outras áreas no norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra o território israelita e contra navios com ligações a Israel, na sequência da ofensiva na Faixa de Gaza, iniciada a 7 de outubro, após um ataque das milícias palestinianas.

Os combatentes também atacaram navios norte-americanos e britânicos e outros bens estratégicos em resposta aos bombardeamentos dos Estados Unidos e do Reino Unido no Iémen.

Washington e Londres argumentam que estão a levar a cabo estes bombardeamentos em resposta aos ataques e garantir a liberdade de navegação.

Leia Também: Presidente eleito do Irão reafirma apoio a Palestina em mensagem ao Hamas

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