A informação foi avançada pelo porta-voz principal do Parlamento Europeu, Jaume Duch, que num encontro com a imprensa europeia antes do arranque oficial do novo mandato do Parlamento Europeu indicou que "foram apresentadas duas candidaturas" à liderança da assembleia europeia, entre as quais a de Roberta Metsola pelo Partido Popular Europeu (PPE) e a de Irene Montero pela Esquerda Europeia.
Na rede social X (antigo Twitter), a candidata espanhola, que concorreu às eleições europeias pelo partido Podemos, enumerou em poucas frases as posições que defende: "Europa de paz, feminismo e direitos".
"Fim do genocídio contra o povo palestiniano, porque nenhum ser humano é ilegal", acrescentou Irene Montero, que agradeceu ao grupo Esquerda Europeia a "confiança" na sua candidatura.
Ainda assim, o nome mais provável para continuar à frente da instituição é o da maltesa Roberta Metsola, que assumiu o cargo em janeiro de 2022, uma vez que, de acordo com várias fontes europeias, é o que recolhe mais apoio entre os parlamentares, numa votação secreta que requer a maioria absoluta dos votos válidos expressos, isto é, 50% dos eurodeputados mais um (361 dos 720).
A cidade francesa de Estrasburgo acolhe hoje o arranque do novo mandato do Parlamento Europeu, com a escolha do novo presidente da assembleia, no dia em que o futuro líder do Conselho Europeu, António Costa, se desloca à instituição.
A primeira sessão plenária deste ciclo institucional arranca esta manhã com a constituição da nova assembleia europeia, na qual tomam posse os novos eurodeputados -- incluindo 21 portugueses -- no seguimento das eleições europeias de junho passado.
Na sequência do sufrágio e das recentes alterações partidárias no Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu é o que dispõe de mais lugares (188), seguido pelos Socialistas (136) e pela nova família política de extrema-direita Patriotas pela Europa (84).
De acordo com a mais recente distribuição da assembleia europeia, os Conservadores e Reformistas ocupam 78 assentos, os Liberais um total de 77, sendo seguidos pelos Verdes (53) e pela Esquerda (46).
Os Tratados da União Europeia (UE) ditam que o presidente do Parlamento Europeu dispõe de "todos os poderes necessários para presidir aos trabalhos do Parlamento e para assegurar que estes são devidamente conduzidos".
A marcar presença em Estrasburgo estará o ex-primeiro-ministro português António Costa que foi no final de junho eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio, que começa a 01 de dezembro de 2024.
António Costa participará na reunião do grupo dos Socialistas e Democratas, que decorre hoje ao final do dia, segundo fonte partidária.
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