"A primeira cimeira de paz não foi de todo uma cimeira de paz, portanto, obviamente temos primeiro de compreender o que (Zelensky) quer dizer com tudo isso", declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista à televisão estatal russa Zvezda, publicada hoje a rede social Telegram.
A Ucrânia organizou uma cimeira em junho na Suíça, mas a Rússia não foi convidada.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou-se na segunda-feira favorável, pela primeira vez, a uma participação russa numa próxima cimeira de paz organizada por Kyiv, após a ausência de Moscovo na conferência de junho na Suíça.
"Penso que os representantes russos devem participar nesta segunda cimeira", afirmou Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kyiv, segundo a agência francesa AFP.
O Presidente ucraniano disse esperar que um plano para a segunda reunião possa estar pronto em novembro.
Zelensky não mencionou a cessação das hostilidades, mas o estabelecimento de um plano sobre segurança energética para a Ucrânia, cujas infraestruturas foram devastadas pelos bombardeamentos russos, a livre navegação no Mar Negro e a troca de prisioneiros.
Para negociar com a Ucrânia, Putin exige abandono das quatro regiões que Moscovo afirma ter anexado em setembro de 2023, além da Crimeia, e a garantia de que Kyiv não vai aderir à NATO.
Tais exigências foram ignoradas por Kyiv e pelos seus apoiantes ocidentais.
Em meados de junho, realizou-se na Suíça uma primeira cimeira sobre a paz na Ucrânia. Cerca de cem países estiveram representados, mas a Rússia não foi convidada e a China, aliada diplomática e económica de Moscovo, decidiu não participar.
A Ucrânia já tinha proposto um plano de paz de 10 pontos, apoiado pelo Ocidente, que implicava a retirada incondicional das forças russas do território ucraniano. A Rússia rejeitou a proposta.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, segundo anunciou Putin na altura.
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