Cimeira? Kremlin reage às declarações de Zelensky: "Temos de compreender"

O Kremlin reagiu hoje com cautela às declarações do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que na segunda-feira abriu as portas às conversações e disse ser favorável à presença da Rússia numa futura cimeira de paz.

Notícia

© Reuters

Lusa
16/07/2024 09:55 ‧ 16/07/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A primeira cimeira de paz não foi de todo uma cimeira de paz, portanto, obviamente temos primeiro de compreender o que (Zelensky) quer dizer com tudo isso", declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista à televisão estatal russa Zvezda, publicada hoje a rede social Telegram.

 

A Ucrânia organizou uma cimeira em junho na Suíça, mas a Rússia não foi convidada.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou-se na segunda-feira favorável, pela primeira vez, a uma participação russa numa próxima cimeira de paz organizada por Kyiv, após a ausência de Moscovo na conferência de junho na Suíça.

"Penso que os representantes russos devem participar nesta segunda cimeira", afirmou Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kyiv, segundo a agência francesa AFP.

O Presidente ucraniano disse esperar que um plano para a segunda reunião possa estar pronto em novembro.

Zelensky não mencionou a cessação das hostilidades, mas o estabelecimento de um plano sobre segurança energética para a Ucrânia, cujas infraestruturas foram devastadas pelos bombardeamentos russos, a livre navegação no Mar Negro e a troca de prisioneiros.

Para negociar com a Ucrânia, Putin exige abandono das quatro regiões que Moscovo afirma ter anexado em setembro de 2023, além da Crimeia, e a garantia de que Kyiv não vai aderir à NATO.

Tais exigências foram ignoradas por Kyiv e pelos seus apoiantes ocidentais.

Em meados de junho, realizou-se na Suíça uma primeira cimeira sobre a paz na Ucrânia. Cerca de cem países estiveram representados, mas a Rússia não foi convidada e a China, aliada diplomática e económica de Moscovo, decidiu não participar.

A Ucrânia já tinha proposto um plano de paz de 10 pontos, apoiado pelo Ocidente, que implicava a retirada incondicional das forças russas do território ucraniano. A Rússia rejeitou a proposta.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, segundo anunciou Putin na altura.

Leia Também: Zelensky favorável à participação russa numa próxima conferência de paz

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas